Brasil deixou de ser economia vulnerável para se tornar 7ª do mundo

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O Brasil “é um País sólido e respeitado na cena internacional”, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em texto publicado na edição especial do caderno Economia Brasileira em Perspectiva, divulgado nesta terça-feira (30). Em sua avaliação, nos últimos 12 anos, a economia brasileira deixou de ser vulnerável e suscetível às crises internacionais para se tornar a sétima maior do mundo. Desde 2006, no período em que Mantega esteve à frente do ministério, o País cresceu em média 3,2%. Esse crescimento foi liderado pelos investimentos.

Ao apresentar a publicação, Mantega recapitulou os principais momentos que impactaram as economias mundial e brasileira nos últimos tempos. Segundo ele, a partir dos anos 2000, a economia mundial iniciou um ciclo de expansão e o mandato do presidente Lula, desde seu inicio, soube aproveitar esse cenário para acelerar o crescimento. “Foi um ciclo virtuoso impulsionado por aumento dos investimentos, expansão do crédito, e crescimento da massa salarial”, ressaltou.

O ministro classificou como fundamental a decisão, em 2006, de aumentar substancialmente as reservas internacionais para impedir a valorização excessiva do real. Em 2006, o Brasil possuía US$ 85,8 bilhões em reservas internacionais; em 2014, essa poupança chegou a US$ 376 bilhões, a 6ª maior do mundo. “A economia brasileira se fortaleceu para enfrentar a crise que surgiria no ano de 2008”.

Mantega explicou que a política anticíclica adotada pelo governo para enfrentar a crise de 2008 fez com que o Brasil tivesse a maior taxa de crescimento das últimas décadas em 2010 (7,5%). Entre 2008 e 2014, o Produto Interno Bruno (PIB) brasileiro e o mundial tiveram a mesma média de crescimento, 3,2%. “Pela primeira vez, o Brasil não tombou diante de uma crise internacional”, reforçou.

Com a eclosão da crise fiscal europeia, em 2011, o governo reforçou as políticas anticíclicas e adotou uma nova matriz macroeconômica, baseada em redução dos juros, desoneração de impostos, moderação da valorização do real e fomento aos investimentos, em especial em infraestrutura. Nesse quesito, nos últimos nove anos, os investimentos cresceram, em média, 5,5% ao ano, mais que o PIB (3,2% a.a.) e o consumo das famílias (4,0% a.a.).

Guido Mantega destacou também que, em mais de uma década de política desenvolvimentista, a renda per capita do brasileiro cresceu cerca de 30% e o número de brasileiros vivendo abaixo da linha de pobreza caiu de 31% para 15%. Além disso, a taxa de desemprego caiu de 10% em 2006 para 4,8% em 2014 e 16,6 milhões de novos postos de trabalho foram criados no mesmo período.

Sobre o quadro atual, para o ministro, a seca prolongada, que pressionou a inflação; a retirada dos estímulos monetários pelos Estados Unidos, que afetou os países emergentes; e outros problemas conjunturais que apareceram são superáveis. “Eles não invalidam o fato de que, mais do que em outra época, a economia brasileira está sólida e, com os devidos ajustes, preparada para engatar um novo ciclo de crescimento nos próximos anos”, concluiu.

Acesse aqui a versão mais recente do caderno Economia Brasileira em Perspectiva

Ministério da Fazenda

 

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