Eleições 2010: Centrais sindicais decidem se unir contra os neoliberais

corruptosOs líderes das seis maiores centrais sindicais do País, reunidos ontem na sede nacional da CUT, em São Paulo, decidiram realizar uma Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, em 1º de junho, com o objetivo de integrar o movimento sindical às candidaturas “das forças democráticas e populares” às eleições de outubro. A ideia é fazer oposição organizada ao candidato dos neoliberais, sob a guarida do PSDB e do DEM (ex-PFL).

 Segundo as centrais, os sindicatos são independentes, mas têm “lado”: a defesa de um projeto de desenvolvimento que valorize o trabalho e a distribuição de renda. De acordo com o presidente da CUT, Artur Henrique, “a Conferência será o momento de apontarmos coletivamente um conjunto de diretrizes, com a visão da classe trabalhadora que as centrais vão debater em todos os estados”. A Conferência será realizada em São Paulo e pretende reunir dezenas de milhares de dirigentes e militantes sindicais. Uma vez aprovada, explicou, a pauta “será um instrumento de mobilização e ação sindical” que contribuirá no processo eleitoral.

“A direita nunca abriu espaços para os trabalhadores. Pelo contrário, sabemos o que representa: privatização, desmonte do Estado, arrocho salarial, precarização das relações de trabalho e desemprego”, sublinhou o líder da CUT.

JORNADA DE 40 HORAS – Artur Henrique destacou que, em ano eleitoral, cresce a responsabilidade das lideranças para somar experiência e consciência e potencializar o protagonismo do sindicalismo ampliando a pressão sobre o Congresso Nacional, o empresariado e governos, pela aprovação de projetos que contemplem avanços sociais, como o da redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário.

“Nossa orientação para as categorias que estão em campanha salarial, como os metalúrgicos, químicos e comerciários, é que joguem peso nas mobilizações e nas greves, tendo em vista que todos os setores estão falando em crescimento econômico em 2010. Este é um fator positivo e um momento excelente para avançar na redução da jornada”, declarou o presidente da CUT.

Artur também recordou que a pauta da Marcha da Classe Trabalhadora de 2009 é mais do que atual, particularmente a defesa das convenções da Organização Internacional do Trabalho que tratam do direito à negociação coletiva no serviço público e do fim da demissão imotivada. Além disso, acrescentou, “temos a questão da mudança dos Índices de Propriedade da Terra, a Proposta de Emenda Constitucional sobre o Trabalho Escravo, a aceleração da reforma agrária, o Pré-Sal e o nosso projeto unificado de combate à terceirização que precariza as relações de trabalho”.

Artur também recordou que a pauta da Marcha da Classe Trabalhadora de 2009 é mais do que atual, particularmente a defesa das Convenções 151 e 158 da OIT, que tratam respectivamente do direito à negociação coletiva no serviço público e do fim da demissão imotivada. Além disso, acrescentou, “temos a questão da mudança dos Índices de Propriedade da Terra, a PEC do Trabalho Escravo, a aceleração da Reforma Agrária, o Pré-Sal e o nosso projeto unificado de combate à terceirização que precariza”.

“Temos uma gama de reivindicações que devem também ser consolidadas enquanto plataforma eleitoral, que será apresentada como programa de governo na Conclat”, destacou Expedito Solaney, secretário de Políticas Sociais da CUT.

Para o secretário geral da CUT, Quintino Severo, a Conferência ganhará peso na medida em que democratizará o debate no conjunto dos estados, colhendo contribuições que expressem as aspirações da classe trabalhadora de aprofundar o processo de desenvolvimento, independente e soberano, em curso.

Com informações da CUT e das agências

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