“A eleição do Equador fortalece a democracia e amplia as condições de integração para os países da América do Sul”. A opinião é do deputado Dr. Rosinha (PT-PR), que esteve naquele país acompanhando o processo eleitoral como observador internacional. Os equatorianos se dirigiram às urnas no último dia 17 e reelegeram em primeiro turno o atual presidente Rafael Correa, com 56,7% dos votos válidos.
Do ponto de vista internacional, a vitória de Correa representa o fortalecimento da tendência de governos progressistas que já conseguiram se reeleger no Brasil, Argentina, Uruguai, Venezuela e Nicarágua, e uma aposta no fortalecimento dos espaços de integração.
Na opinião de Dr. Rosinha, agora “cabe ao Brasil trabalhar para que o Equador entre no Mercosul”. O deputado alertou que o Brasil, por ter uma balança superavitária em relação ao Equador, pode ter uma tendência de afastamento e, por isso, deve ter cuidado e trabalhar no sentido de “buscar relações mais equilibradas” com o Equador.
Dr. Rosinha observou que a eleição foi democrática e transparente. “Sete partidos de oposição concorreram com Rafael Correa, o que demonstra o fortalecimento da democracia no país”.
Crises – O triunfo de Correa significa o triunfo da estabilidade em um país que experimentou profundas crises políticas. Alguns elementos podem explicar esse triunfo: crescimento econômico, baixas taxas de inflação e de desemprego e políticas de redistribuição de renda que se traduziram em um massivo investimento social em educação, saúde, habitação, assistência social e melhoria da qualidade dos serviços públicos. “O resultado é próprio de um governo que superou uma tentativa de golpe e mostra que tem liderança”, afirmou Dr. Rosinha, referindo-se a tentativa de golpe ocorrida no Equador em 30 de setembro de 2010.
Na tribuna da Câmara o deputado Paulo Ferreira (PT-RS) enfatizou que a reeleição de Rafael Correa mostra que a América Latina se colocou em uma perspectiva histórica completamente diferente. “De um continente arrasado pela miséria, pelo desemprego e pelas condições precárias de vida, para uma condição completamente nova, de crescimento econômico com inclusão social e uma inserção soberana no mundo”.
Jonas Tolocka com agências