Eleição e futebol – João Paulo Cunha

jpaulo_cunhaPesquisa do CNI-IBOPE, divulgada em 17 de março, anima a todos nós que estamos fazendo o projeto de um novo Brasil, governado por Lula, PT e aliados. Dilma cresceu 13% de dezembro para cá: saltou de 17% e foi a 30%. Serra perdeu 3%, caindo de 38% para 35%. A diferença que era de 21% agora é de 5%, com a disputa em empate técnico. Essa pesquisa confirma o que outros levantamentos do final do ano e início de 2010 já indicavam: a tendência de crescimento de Dilma.
Na intenção de voto espontâneo, Dilma já passou Serra: tem 14% contra 10%. Lula tem 20% de brasileiros o escolhendo espontaneamente. Se o momento é favorável, a prudência e a sabedoria recomendam que não se cante vitória antes do tempo. Assim, parece-me oportuno fazer uma associação entre a política e o futebol.

Vejamos o jogo entre Santos e Palmeiras, na Vila Belmiro, no último domingo. O Santos, time sensação nesse início de ano, entrou em campo na condição de favorito absoluto para enfrentar um Palmeiras que passa por crises intermitentes há um ano.

Os santistas têm um bom time – com boas revelações e que repatriou Robinho, um craque que faz diferença. Têm no banco uma das revelações da nova geração de treinadores, Dorival Júnior. O futebol jogado hoje pelo time da famosa Vila de Pelé é de encher os olhos, seja torcedor do peixe ou adversário.

O jogo foi uma bela peleja. Partida disputada, lances pegados. O favorito começou bem: 2 a 0. Mas o Palestra, com brio e união, virou o jogo de forma sensacional. Placar final: 4 a 3 e muito assunto para os boleiros no início de semana.

Pode-se dizer que na política ocorrem coisas que os Deuses do futebol não duvidam. A crescente ascensão da candidatura de Dilma está associada ao fato de, progressivamente, mais pessoas ficarem sabendo que ela é a candidata do PT e de Lula, um presidente que bate recordes de aprovação a seu governo. Com a economia em forte crescimento, vislumbra-se a vitória.

Mas, vale lembrar, o jogo de verdade esta só começando. Serra ainda não confirmou que será candidato a presidente, apesar de ninguém duvidar disso. As estratégias do PT e PSDB passam por ajustes finais, os palanques nos estados ainda não foram definidos, e a campanha na TV só começa na segunda quinzena de agosto.

Não adianta nada ter um bom time, um técnico excepcional e treinar bem, se na hora do jogo pra valer tropeçar no salto, tomar gols inesperados e ser incapaz de superar reveses. A militância pró Dilma deve estar preparada e animada assim como a torcida do Boca Juniors no La Bombonera, em Buenos Aires, em final de Libertadores.

Na disputa eleitoral que se avizinha, cada militante tem um importante papel a desempenhar pelo time: suando a camisa e reforçando todos os lados do campo, para conquistarmos o título e levantarmos a taça de um Brasil que continuará no caminho do desenvolvimento econômico e social.

João Paulo Cunha, é deputado federal (PT-SP)

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