Efeito Lula: S&P eleva nota de crédito de 24 empresas e 16 instituições financeiras

Otimismo: fazem parte do grupo com a nova nota companhias estatais, concessionárias de serviços públicos e representantes do setor de transporte, como Petrobras, Sabesp e Rumo Foto: Cipem - Site do PT

Em mais um resultado positivo para a economia brasileira no governo Lula, a agência de classificação de risco Standard and Poor’s (S&P) elevou a nota de crédito de 24 empresas e 16 instituições financeiras brasileiras na quarta-feira (20). A medida é um reflexo da melhora da nota soberana do Brasil, que subiu de BB- para BB, com perspectiva estável.

A S&P melhorou a nota do Brasil na terça-feira (19), por acreditar que a aprovação da reforma tributária trará ganhos de produtividade para o país. Por meio dessa revisão, a agência informa ao mercado que o desempenho macroeconômico e fiscal brasileiro está melhorando. Agora, o país está a apenas dois níveis abaixo do grau de investimento na escala da S&P.

Diante desse cenário, a agência também reviu a nota de uma série de companhias brasileiras, já que muitas delas têm seu rating relacionado ao do país.

No mesmo nível do Brasil

Ao todo, 16 empresas tiveram suas notas de crédito equiparadas à do Brasil, de BB. Fazem parte deste grupo companhias estatais, concessionárias de serviços públicos e representantes do setor de transporte, como Petrobras, Sabesp e Rumo.

A S&P ressaltou que algumas dessas companhias podem apresentar uma qualidade de crédito até mais forte, mas têm o rating limitado ao nível nacional. A agência, por outro lado, também incluiu nesta lista empresas que considera estarem mais suscetíveis a uma crise de liquidez em um cenário hipotético de dificuldades soberanas.

As 16 empresas que agora têm o rating BB da S&P são as seguintes: Petrobras, BRF, CESP, Coelba, Sabesp, Celpe, Cosern, Cosan, Cosan Lubrificantes e Especialidade, EDP, Energisa Paraíba, Energisa, Energisa Sergipe, MRS Logística, Neoenergia, Rumo.

Acima do nível soberano

Além disso, a S&P elevou em um nível o rating de oito empresas cujas notas de crédito podem ultrapassar a do Brasil. Para a agência, essas companhias estão mais isoladas das questões internas, por fatores como presença global, exportações e demanda independente da economia brasileira, ou porque apresentam baixa alavancagem e liquidez sólida mesmo estando expostas à economia doméstica.

As oito empresas que tiveram o rating melhorado pela S&P são as seguintes: Ambev (BBB para BBB+), Localiza Rent a Car (de BB+ para BBB-), MV24 Capital (de BB para BB+), Nexa Resources (de BB+ para BBB-), Raizen (de BBB- para BBB), Ultrapar Participações (de BB+ para BBB-), Votorantim (de BBB- para BBB), Votorantim Cimentos (de BBB- para BBB).

Instituições financeiras

A S&P também melhorou para BB o rating de 16 instituições financeiras brasileiras, especialmente bancos, nesta quarta-feira (20). Neste caso, a nota de crédito segue a do Brasil, já que crises nacionais tendem a afetar o setor financeiro.

As 16 instituições financeiras que agora têm o rating BB da S&P são as seguintes: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Banco ABC Brasil, Banco Bradesco, Banco BTG Pactual, Citibank, Sicredi – Banco Cooperativo Sicredi, BNB – Banco do Nordeste do Brasil, Banco Pan, Banco Safra, Banco Santander, Banco BV – Banco Votorantim, China Construction Bank Brasil – Banco Múltiplo, Haitong Brasil, Stone.

Rating soberano

A S&P elevou o rating do Brasil diante da aprovação da reforma tributária. Contudo, ressaltou que o país ainda precisa avançar na resolução dos problemas fiscais e na aceleração do crescimento econômico. A S&P projeta uma alta de 3% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em 2023. Porém, projeta um crescimento de 1,5% em 2024.

Para 2025 e 2026, a perspectiva é de um crescimento de 2%, em razão de condições monetárias mais flexíveis. A S&P espera que o Banco Central reduza a taxa básica de juros dos atuais 11,75% para 9% ao longo de 2024. Por outro lado, projeta déficits públicos de, em média, 6,2% do PIB entre 2023 e 2026.

PTNacional

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