Organização dos Países Exportadores de Petróleo atribui projeção aos dados positivos da economia do país;
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manteve em 2,5% sua previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2023, segundo relatório mensal divulgado nesta semana.
Para a Opep, dados recentes do Brasil demonstram a continuidade no crescimento da economia no segundo semestre de 2023, mas em ritmo menor do que o registrado no primeiro semestre, devido à desaceleração do setor de serviços.
Desde a posse do presidente Lula, o Brasil tem registrado uma série de avanços que apontam para o crescimento do PIB em 2023, como recordes de superávit na balança comercial, queda do desemprego, recuo da inflação, aumento da renda e consequente aquecimento da economia.
A entidade prevê também que os progressos na reforma fiscal, melhora nas perspectivas de investimento no Brasil e maior relaxamento da política monetária no início de 2024 devem impulsionar o crescimento no próximo ano, para o qual foi mantida a projeção de uma alta de 1,2% do PIB.
A Opep mantém expectativas de que o Banco Central do Brasil continuará reduzindo a taxa básica de juros (Selic) à medida que a inflação recuar, apesar do aumento recente dos preços de energia. Para a organização, a Selic terminará 2023 em 12,25% e chegará a 8% até o final de 2024, enquanto a inflação cairá para 5% este ano 4% no próximo ano.
Revisão
No relatório divulgado em outubro, a Opep havia revisado para cima a previsão de crescimento do PIB brasileiro em 2023, de 2,1% para 2,5%.
Nos últimos meses, outras entidades também revisaram para cima as respectivas projeções para o avanço do PIB do país em 2023, como a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial (Bird) e a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad).
Confiança mantida
Na reta final de 2023, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) ficou em 50,4 pontos em novembro, conforme divulgou a Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta semana. A variação foi de -0,1 ponto percentual em relação a outubro, o que representa estabilidade no indicador, após dois meses de queda.
O índice da CNI varia de 0 a 100, com linha de corte em 50 pontos, dados abaixo desse valor representam falta de confiança e, acima, mostram confiança. Foram entrevistadas 1.468 empresas, entre 1º e 9 de novembro de 2023.
Da Redação da Agência PT