Efeito Lula: IPCA-15 desacelera para 0,19% em agosto, abaixo das projeções

Dados de agosto frustram o mercado mais uma vez e confirmam que a inflação está controlada no país. Foto: Helena Pontes/Agência IBGE

Prévia da inflação oficial do país, IPCA-15 frustrou os analistas, que esperavam alta de 0,20% para agosto; nos últimos 12 meses, a variação do índice foi de 4,35%, abaixo dos 4,45% observados nos 12 meses imediatamente anteriores

O IPCA-15, prévia da inflação oficial do país, voltou a desacelerar em agosto, com alta de 0,19% ante julho, após ter subido 0,30% um mês antes, conforme divulgado nesta terça-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No acumulado do ano, o índice ficou em 3,02%. Nos últimos 12 meses, a variação foi de 4,35%, abaixo dos 4,45% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2023, a taxa tinha sido de 0,28%.

Os dados de agosto vieram abaixo do consenso LSEG de analistas, que previam para esse mês inflação de 0,20% e taxa anualizada de 4,38%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em agosto. A maior variação e o maior impacto positivo vieram de Transportes (0,83% e 0,17 p.p), seguido por Educação (0,75% e 0,05 p.p.).

Por sua vez, o grupo Alimentação e bebidas (-0,80% e -0,17 p.p) apresentou queda pelo segundo mês consecutivo. As demais variações ficaram entre o 0,09% de Comunicação e o 0,71% de Artigos de Residência.

Leia Mais: Efeito Lula: IPCA-15 desacelera para 0,30% em julho, diz IBGE

Alimentação

No grupo Alimentação e Bebidas, a alimentação no domicílio (-1,30%) apresentou queda mais intensa do que a de julho (-0,70%). Contribuíram para esse resultado as quedas do tomate (-26,59%), da cenoura (-25,06%), da batata-inglesa (-13,13%) e da cebola (-11,22%). No lado dos subitens em alta, destaca-se o café moído (3,66%).

A alimentação fora do domicílio (0,49%) acelerou em relação ao mês de julho (0,25%), em virtude das altas mais intensas do lanche (de 0,24% em julho para 0,76% em agosto) e da refeição (0,23% em julho para 0,37% em agosto).

Transportes e Habitação

No grupo Transportes, o resultado foi influenciado pela gasolina (+3,33%) Em relação aos demais combustíveis (3,47%), etanol (5,81%), gás veicular (1,31%) e óleo diesel (0,85%) também apresentaram altas.

Por outro lado, as passagens aéreas registraram queda nos preços (-4,63%).

Em Educação, os cursos regulares subiram 0,77% principalmente por conta dos subitens ensino superior (1,13%) e ensino fundamental (0,57%). A alta dos cursos diversos (0,47%) foi influenciada principalmente pelos cursos de idiomas (0,96%).

No grupo Habitação, o principal impacto veio do gás de botijão (1,93%). Foi destacada a alta da taxa de água e esgoto (0,13%), que decorre de reajustes tarifários em São Paulo, Salvador e Fortaleza.

O resultado do subitem gás encanado (0,17%) decorreu do reajuste de 2,77% no Rio de Janeiro (1,27%), a partir de 1º de agosto, e da mudança na estrutura das faixas de consumo nas faturas em Curitiba (-1,72%).

Ainda em Habitação, a energia elétrica residencial passou de 1,20% em julho para -0,42% em agosto, com o retorno da bandeira tarifária verde.

Além disso, foram verificados os seguintes reajustes: redução média de 2,43% nas tarifas de uma das concessionárias de energia de São Paulo (-1,19%), a partir de 4 de julho; e redução de 2,75% em Belém (-1,44%), a partir de 7 de agosto.

PT Nacional

 

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