“Ensino médio flexível”. Este é o título do editorial da Folha de São Paulo publicado nesse fim de semana, para abordar a Reforma do Ensino Médio, proposta apresentada pelo deputado Reginaldo Lopes (PT-MG). O texto inicia apontando medidas do Ministério da Educação (MEC) para que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do Ensino Médio seja entregue apenas após a apreciação do PL 6840/13. Conheça mais sobre o Projeto de Lei.
De acordo com o editorial, a atitude foi recebida, inicialmente, com certa desconfiança. “A preocupação não é sem fundamento. Autoridades educacionais, afinal, estão cientes de que o Congresso discute mudanças no EM desde 2013 e de que a necessidade de reforma é diagnóstico quase consensual entre os especialistas”, opina.
“Parece sensato definir a arquitetura do EM antes do recheio, como ponderou Priscila Cruz, do Movimento Todos Pela Educação. Nesse sentido, o MEC assumiu a missão de agilizar a aprovação pelo Parlamento do PL 6840, do deputado Reginaldo Lopes, que reorganiza o EM e o flexibiliza.”
No editorial, a Folha de São Paulo vai ao encontro da defesa apresentada por Lopes em seu projeto. “O país precisa de uma escola que faça mais sentido para o jovem, na qual ele tenha a possibilidade de moldar sua formação a seus planos para o futuro. Há os que pretendem ir para a universidade e os que desejam seguir uma carreira técnica. Há os que apostam em aptidões artísticas e os que se deliciam com problemas de álgebra”, indica a publicação.
O deputado justifica que a reforma do Ensino Médio precisa contemplar todos os jovens, dando-lhes a oportunidade de ser protagonista do próprio futuro. “Atualmente, apenas 15% dos estudantes que terminam esta fase conseguem entrar para a universidade. Qual é a opção que temos para os outros 85? Infelizmente, o modelo atual não os prepara para o mercado de trabalho”, comenta Reginaldo Lopes.
Na Folha, o texto opinativo termina apontando que a reforma poderia ajudar a combater a evasão escolar. “Enquanto não se der ao jovem a opção de definir seu próprio percurso, a evasão seguirá com impactos deletérios na educação, na economia e na própria vida do jovem”, finaliza.
No dia 1º de agosto, o Colunista do Jornal O Globo, Antônio Gois, também destacou a Reformulação do Ensino Médio proposta por Lopes. “O texto no Congresso já previa uma flexibilização da trajetória dos alunos no ensino médio. Uma crítica recorrente ao atual sistema é o de que ele é engessado, com foco unicamente na preparação para o Enem ou vestibulares. Por isso, acaba fazendo pouco sentido, por exemplo, para uma parcela expressiva dos alunos que pretendem ingressar diretamente no mercado de trabalho”, diz.
Projeto – Entre as alterações propostas por Reginaldo Lopes, está a possibilidade de os estudantes escolherem as áreas do conhecimento que pretendem aprofundar. Por exemplo, se o jovem pretende cursar Engenharia, ele poderá optar por receber conteúdo extra na área de Extas – além da base obrigatória de todas as áreas. Outra alteração se refere à opção de ter uma formação técnica-profissionalizante ainda no Ensino Médio – ou então voltada para a universidade. Caso o aluno decida, após concluir a etapa, que também quer fazer a outra modalidade complementar, as escolas devem aceitar a sua rematrícula.
Confira a íntegra do editorial no link abaixo
http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2016/08/1799586-ensino-medio-flexivel.shtml
Assessoria parlamentar
Foto: Salu Parente