Mais rigor na correção das redações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é o que prevê o edital 2013 publicado hoje (9) pelo Ministério da Educação (MEC) no Diário Oficial da União. Segundo o presidente do INEP, Luiz Claudio Costa, presente à audiência publica realizada na comissão de Educação da Câmara, nesta quinta-feira, a mudança acorreu após um longo debate e polêmicas envolvendo a realização da prova no ano anterior.
De acordo com ele, na edição passada, se o estudante mostrasse domínio da norma culta, mas cometesse um erro não reincidente durante o texto, o aluno ainda poderia ficar com a nota máxima no quesito redação. A partir do novo edital, além de qualquer erro ser considerado para redução da nota, textos com trechos totalmente desconectados do tema proposto terão nota zero, em vez de pontuação reduzida e os avaliadores passarão por acompanhamento on-line durante as correções, onde terão que justificar suas avaliações em caso de redações nota 1000 que contenham algum erro.
Para a deputada Fátima Bezerra (PT-RN), integrante da Comissão de Educação, as novas regras anunciadas no último edital do Enem são adequadas e oportunas. “O Ministério da Educação através do competente trabalho liderado pelo presidente do Inep, Luiz Cláudio, vem desempenhando um ótimo papel para aperfeiçoar cada vez mais o exame”, disse a deputada. De acordo com ela, esse rigor se justifica pela importância da prova que, por meio do Prouni, vem se constituindo em um programa muito importante para democratização do acesso ao ensino superior no País.
André Lage
