Economia deve registrar em 2010 maior crescimento em 24 anos, diz Mantega

O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) tende a desacelerar no segundo semestre, na avaliação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, mas, com o crescimento registrado na primeira metade do ano (8,9%), já é possível “assegurar expansão de pelo menos 7%, que poderá ser até maior” em 2010. “Com essa variação, teríamos o maior crescimento do PIB em 24 anos”, afirmou Mantega nesta sexta-feira (3) ao comentar o desempenho da economia brasileira. A projeção está em linha com a do mercado, mensurada pelo boletim Focus, que estima alta de 7,09%, de acordo com a pesquisa divulgada nesta semana.

Para o ministro, o segundo semestre deve ter um aumento menor, entre 5% e 5,5%, expansão que não gera inflação, afirmou. “No ano, será um resultado excelente, com crescimento maior e inflação menor.”

O PIB, que mostra o comportamento de uma economia, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país em um certo período – é formado pela indústria, agropecuária e serviços. O indicador também pode ser analisado a partir do consumo, ou seja, pelo ponto de vista de quem se apropriou do que foi produzido. Neste caso, é dividido pelo consumo das famílias, pelo consumo do governo, pelos investimentos feitos pelo governo e empresas privadas e pelas exportações.

Juros – Mantega citou ainda a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de manter a taxa básica de juros da economia em 10,75% ao ano, na última quarta-feira (1º). De acordo com ele, o Banco Central tem feito uma gestão adequada dos juros. “E foi adequado que ela não tivesse elevado nesse último mês porque a inflação está baixa, até abaixo das previsões”, disse.

Para Mantega, a inflação se mostrou baixa nos últimos meses, e deve fechar o ano em torno de 5%. Nos 12 meses terminados em julho, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) acumula alta de 4,6%, quase no centro da meta (4,5%) determinada pelo governo federal. No ano, o índice registra elevação de 3,1%.

Estimativa – O crescimento do PIB no segundo trimestre, de 1,2%, superou as estimativas do governo. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, havia afirmado que acreditava em uma alta entre 0,5% a 1%.

O resultado do trimestre passado ficou mais próximo do que havia indicado o Banco Central no IBC-Br (Índice de Atividade do BC), divulgado no início do mês, quando estimou que a atividade econômica havia crescido 1,32% no segundo trimestre de 2010 em relação ao trimestre anterior, no segundo trimestre seguido de desaceleração.

De agências

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