A economia brasileira teve crescimento de 1,2% no segundo trimestre de 2010 (de abril a junho) em relação ao trimestre anterior, informou nesta sexta-feira (3) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação com o segundo trimestre de 2009, o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma das riquezas produzidas no país, cresceu 8,8%. No semestre, de janeiro a junho, o PIB cresceu 8,9% em relação ao mesmo período de 2009.
Para o líder do governo no Congresso, deputado Gilmar Machado (PT-MG), o desempenho da economia brasileira decorre da gestão do governo Lula, que além de ter responsabilidade fiscal tem um conjunto de políticas que impulsionam o desenvolvimento do País. “As pequenas e médias empresas, por exemplo, têm acesso a linhas de crédito especiais que impulsionam suas atividades, gerando emprego e renda”.
Gilmar Machado observou que a performance positiva da economia brasileira resulta de um modelo que rompeu com o neoliberalismo do governo FHC, com um maior papel do Estado na definição de políticas públicas direcionadas ao desenvolvimento do País. “Essa nova postura foi a base para o Brasil atravessar com sucesso a crise mundial iniciada em 2008. O Brasil está no rumo certo e continuará assim”.
Com os dados divulgados hoje, se o ano tivesse terminado agora, o PIB teria crescido 5,1%, disse Rebeca Palis, gerente da Coordenação de Contas Nacionais do IBGE.
O crescimento ficou acima das expectativas do mercado e do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que, no início da semana, disse que estimava que o Brasil tivesse crescido entre 0,5% e 1% no segundo trimestre.
Em relação ao primeiro trimestre deste ano, a agropecuária apresentou o maior destaque, registrando crescimento de 2,1%, seguida pela indústria (1,9%) e pelos serviços (1,2%). Ainda na comparação com o primeiro trimestre deste ano, houve expansão nos investimentos planejados no país, medidos pela formação bruta de capital fixo, que foi de 2,4% no segundo trimestre deste ano.
A despesa de consumo das famílias cresceu 0,8%, enquanto a despesa de consumo da administração pública cresceu 2,1%. No setor externo, cresceram tanto as exportações (1,0%) quanto as importações de bens e serviços (4,4%). “O consumo das famílias continuou crescendo, mas desacelerou. O consumo da administração pública acelerou, já que estamos perto da época de eleição”, disse Rebeca.
Já em relação ao segundo trimestre de 2009, o destaque ficou com a indústria, que registrou crescimento de 13,8%, seguida pela agropecuária (11,4%) e pelos serviços (5,6%).
Todas as atividades industriais apresentaram crescimento de dois dígitos. Segundo o IBGE, a maior expansão foi observada na construção civil (16,4%) devido, principalmente, à expansão do crédito direcionado. Houve ainda um aumento de 14,1% na extrativa mineral, seguida pela indústria de transformação (13,8%) e por eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (10,8%).
A expansão da taxa da agropecuária é justificada, principalmente, segundo o IBGE, pelo aumento da produtividade e pelo desempenho de alguns produtos da lavoura, como soja, café, milho e algodão.
Equipe Informes, com agências
