Economia caminha para equilíbrio, diz Banco Central

04-01-berzoiniA ata da reunião de julho do Comitê de Política Monetária (Copom) avalia que há sinais de que a economia “tem se deslocado para uma trajetória mais condizente com o equilíbrio de longo prazo”. A afirmação foi feita no item 22 do documento divulgado pelo Banco Central nesta quinta-feira, 29. Para os diretores do BC, o deslocamento da economia tem como efeito um arrefecimento dos riscos para a evolução da inflação.

Na última quarta-feira, 21, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar a taxa básica de juros, a Selic, em 0,50 ponto porcentual, para 10,75% ao ano, a terceira alta consecutiva da taxa básica de juros desde o início do novo aperto monetário, no final de abril deste ano.
Ainda no trecho 22 do documento, o Copom afirma que são “decrescentes os riscos para a consolidação de um cenário inflacionário benigno”. A avaliação é de que esses riscos “se circunscrevem ao âmbito interno, por exemplo, os derivados da expansão da demanda doméstica, em contexto de virtual esgotamento de ociosidade na utilização dos fatores de produção”.

“Em linha com ações de política implementadas no primeiro semestre, desde a última reunião, o recuo nas projeções de inflação consideradas pelo Comitê mostraram melhora no cenário prospectivo”, diz o parágrafo 20 do documento.

O deputado Ricardo Berzoini (PT-SP) avaliou nesta quinta-feira que o “Copom está atrasado pelo menos dois meses em sua avaliação”. “Há dois meses já apontávamos que não havia pressão inflacionária por conta da demanda, mas uma alteração decorrente das chuvas, das tarifas de ônibus e das matrículas escolares. Não havia indício de aumento de inflação que pudesse justificar o aumento da taxa básica de juros”, afirmou.

Berzoini destacou que tanto não houve pressão inflacionária por conta da demanda que os preços dos hortifrutigranjeiros recuaram. “É importante parar de aumentar de juros para o Brasil crescer mais. Os juros altos apenas aumentam a dívida externa e alimentam os lucros dos bancos”, acrescentou.

Infllação – Além de observar reversão nas perspectivas para a inflação, os diretores do Copom afirmam que o mercado parece mais ajustado em suas previsões, com diminuição da dispersão dos cenários. “A esse respeito, cabe mencionar que, tanto para 2010 como para 2011, houve redução significativa na dispersão das expectativas para a inflação plena; bem como nas próprias expectativas para a inflação de preços livres – o componente mais sensível e que mais rapidamente responde às ações de política monetária”, ressalta o texto.

Nesse trecho do documento, os membros do Copom lembram que “a análise de decisões alternativas de política monetária deve se concentrar, necessariamente, no cenário prospectivo para a inflação e nos riscos a ele associados, em vez de privilegiar valores correntes e passados para essa variável”

Apesar de observar a queda das previsões de inflação, o BC avalia que um movimento de recuo das expectativas ainda precisa ser intensificado. O documento conclui, então, que a política monetária deve ajustada para contribuir na regulação do ritmo de expansão da demanda e da oferta.

Equipe Informes, com agências

 

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