“É preciso investir nos pobres para acabar com a fome”, disse Lula a uma plateia de 15 chefes de estado africanos

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Lula entrega camisa da seleção brasileira para Dlamini-Zuma, presidenta da União Africana. Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou hoje (1) pela segunda vez durante o encontro de alto nível sobre segurança alimentar que está sendo promovido em Adis Abeba pelo Instituto Lula, Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e pela União Africana.

Lula enfatizou novamente a necessidade de incluir os pobres no orçamento públicos dos países. “As pessoas que estão com fome muitas vezes não estão organizadas, não fazem parte de sindicatos, não possuem força para fazer uma passeata e não tem sequer como dizer que estão com fome. Se o Estado não cuidar dessas pessoas, o orçamento será todo direcionado a setores da sociedade que estão organizados. Por isso, o governo precisa colocar no orçamento a parte destinada aos pobres. Se isso não for feito, o problema da fome não será resolvido nem hoje, nem em 2025 e nem nunca”.

O ex-presidente falou para uma platéia formada por quinze chefes de estado de países africanos, ex-presidentes e ex-primeiros ministros, ministros, acadêmicos e membros da sociedade civil africanos e internacionais. Ao lado do ex-presidente estavam o primeiro-ministro da Etiópia, Hailemariam Desalegn, a presidenta da União Africana, Dlamini-Zuma, e o diretor geral da FAO, José Graziano.

No início do seu segundo discurso no evento, Lula presenteou o presidente da Etiópia com uma camisa da seleção brasileira. “Eu fiquei até 3 horas da manhã vendo o jogo, e estou muito feliz porque o Brasil voltou a jogar bem.” O ex-presidente também presenteou a presidenta da União Africana com o uniforme.

Lula agradeceu também o apoio dos países africanos nas eleições de José Graziano, como diretor-geral da FAO e de Roberto Azevedo, como diretor-geral da Organização Mundial do Comércio.

Na conferência, a tarde, os chefes de estado e anfitriões do evento participarão de uma sessão de discussões para elaboração de uma declaração e um plano de ação com metas e estratégias concretas para erradicar a fome na África até 2025.

O compromisso dos chefes de estado e da sociedade civil africana é importante porque existe um consenso crescente de que, para erradicar a fome, é necessário um forte compromisso político. Conforme disse Lula em suas palavras finais: “Ninguém poderá fazer mais pela África do que os africanos”.

Instituto Lula

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