Dutra pede votação da PEC do Trabalho Escravo

domingos dutraO deputado Domingos Dutra (PT-MA),  presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), ocupou a Tribuna nesta segunda-feira (23) para fazer um apelo em favor da  aprovação da PEC 438/01 – conhecida como PEC do Trabalho Escravo.

“Essa é a agenda número um da CDH e  da Frente Parlamentar Mista de Erradicação do Trabalho”, afirmou  Dutra. Ele confirmou a disposição do presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS),  de colocar a PEC em votação para o dia 8 de maio, na semana em que o Brasil completa 124 anos da abolição formal da escravatura.  “Se a PEC  for aprovada em segundo turno, com certeza, pode-se dizer que oficializaremos o fim da segunda escravatura em nosso País”.

            A PEC 438,  que iniciou sua tramitação no Congresso Nacional em 1995 – e só na Câmara tramita há 11 anos, faz um acréscimo ao art. 243 da Constituição, estabelecendo que as propriedades urbanas e rurais em que haja prática semelhante ou igual ao trabalho escravo serão confiscadas, serão expropriadas, e os proprietários não receberão nenhum tipo de indenização pelas mesmas.  Todos os bens existentes nessas propriedades serão expropriados e os recursos provenientes da venda destinados a um fundo dedicado aos assentamentos rurais e urbanos e à recuperação de pessoas dependentes químicas.

            Domingos Dutra acredita que o simples fato de ser aprovada essa emenda será suficiente para inibir essa prática criminosa. “Se os proprietários tiverem a certeza de que suas propriedades serão perdidas, caso haja trabalho escravo, essa prática vai deixar de existir”, argumentou.

            O presidente da CDH informou que está fazendo uma maratona, dentro e fora do Congresso Nacional, para conseguir quórum e votos suficientes para a aprovação da PEC em segundo turno. A aprovação do primeiro turno,  lembrou Domingos Dutra, aconteceu há oito anos, quando fiscais do trabalho foram assassinados em Unaí (MG).

            “Esperamos que no dia 8 de maio este Parlamento, sintonizado com o momento em que vivemos, com seus 513 deputados e deputada, possa votar sim ao fim da prática criminosa e imoral da expropriação da mão de obra humana”, concluiu.

Vânia Rodrigues

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