O próprio ministro da Saúde, José Gomes Temporão, criticou previsões de expansão da doença. “Existem os futurólogos do caos que escrevem um monte de besteira. Saiu na imprensa que nós teríamos milhões de casos, [projeção] em cima do modelo matemático feito para um vírus diferente de uma doença que não existiu. Chega a ser patético”, comentou o ministro.
Dr. Rosinha observou que o Ministério da Saúde tem coordenado o processo de prevenção e identificação da doença dentro dos padrões exigidos. Foi estabelecido um protocolo de vigilância da gripe com o objetivo de identificar e acompanhar os casos suspeitos. “Esse protocolo estabelece que as pessoas acometidas pela síndrome respiratória aguda grave (SRAG), como é identificada clinicamente a gripe, devem ser acompanhadas pelos serviços de saúde”, disse Dr. Rosinha..
Segundo dados do ministério, até o último dia 29 de julho, de um total de 543 casos confirmados de SRAG pelo novo vírus Influenza A (H1N1), 56 evoluíram para o óbito, o que corresponde a uma taxa de letalidade de 10,3% em relação aos casos graves confirmados para Influenza A (H1N1).
PREOCUPAÇÃO – Embora preocupantes, segundo o parlamentar do PT a mortalidade é baixa se comparada com a população,chegando a 0,029 por 100 mil habitantes. “Os dados parciais mostram que não há razão para desespero, mas para preocupação, principalmente com os integrantes dos grupos de risco, a saber: gestantes, cardiopatas, os que têm hipertensão arterial, crianças com menos de dois anos e pessoas idosas”, disse Dr. Rosinha.
Ele rebateu também insinuações de que o número de casos seria maior que o divulgado pelo Ministério da Saúde. ” Já houve momentos na história do Brasil de epidemias serem censuradas, como foi o caso da epidemia de meningite, na época da ditadura militar. Não é o caso de agora”,explicou o parlamentar.
O deputado questionou os interesses comerciais por trás da divulgação da ocorrência de doenças, como a gripe aviária, que há poucos anos espalhou pânico por todo o mundo todo. “Apesar do noticiário alarmista sobre a gripe das aves, o total de mortos nos últimos anos em todo o mundo teria sido de 250. A multinacional suíça Roche, que fabrica o Tamiflu, comercializou na ocasião milhões de doses aos países asiáticos. O governo britânico, por exemplo, também comprou 14 milhões de doses. Com a gripe das aves, a Roche obteve milhões de dólares de lucro. Será que não haveria nenhum interesse por trás da atual onda de alarmismo?”
Equipe Informes