Dr. Rosinha defende mobilização para fim de massacres na Síria

drrosinhaCCJO Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) contabilizou até o fim de semana passado um total de 14.115 mortes – a maioria de civis – desde que opositores ao governo de Bashar al-Assad iniciaram em março do ano passado uma série de manifestações contra o regime do ditador. Somente no último sábado, pelo menos 111 pessoas morreram no país, segundo o observatório.

Nesta segunda-feira (11), em mais uma investida do governo contra as forças opositoras, cerca de 28 civis, 20 soldados e quatro rebeldes foram mortos.

Toda essa onda de violência é acompanhada por observadores de vários países que buscam uma pacificação do conflito. Para o deputado Dr. Rosinha (PT-PR), autor de projeto de lei que define condutas que constituem crimes de violação do direito internacional humanitário, essa mobilização precisa ser intensificada para negociar um fim para os sucessivos massacres em território sírio. “É fundamental que essa inciativa seja reconhecida tanto pelo governo do país como pela oposição”, avalia o petista, já que, segundo ele, a Síria “está sendo conduzida para uma guerra civil”.

Desde que começaram as manifestações contra Assad, o massacre mais violento no país ocorreu em Houla, em 25 de maio, quando 108 pessoas foram mortas, incluindo 49 crianças e 34 mulheres. O episódio chamou a atenção da comunidade internacional pela crueldade das mortes. Ao contrário dos típicos bombardeios, a maioria das pessoas foi executada a tiros, facadas e até espancamentos. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), várias vítimas foram feridas na garganta e algumas crianças tiveram seus crânios abertos.

Na última sexta-feira (8), o governo brasileiro divulgou nota manifestando “crescente preocupação” com o recrudescimento da violência na Síria. No texto, o Brasil repudia “de maneira veemente os atos de agressão contra dezenas de mulheres, homens e crianças em Houla” e considera “extremamente graves as alegações de continuada violência contra a população civil síria”. De acordo com o governo brasileiro, é necessário intensificar a mobilização diplomática em prol da Síria para “evitar a deflagração de um conflito civil”.

O deputado Domingos Dutra (PT-MA), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara (CDH), reforça o repúdio a qualquer tipo de violência contra civis – sobretudo a crianças, mulheres e idosos – e vê com preocupação o desdobramento do conflito, que tem viés, segundo ele, “bastante complexo”: “De um lado, o governo acusa grupos terroristas – inclusive a Al-Qaeda – de interferir em questões internas e de promover a violência. De outro, os opositores acusam as milícias pró-governo de autoria dos massacres”. Para Dutra, é preciso garantir a proteção dos civis e, ao menos, limitar o confronto aos grupos favoráveis e contrários ao regime.

Tarciano Ricarto

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