Dr. Rosinha critica oposição que continua empenhada na desconstrução da vitória da presidenta Dilma

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O deputado Dr. Rosinha (PT-PR) ocupou a Tribuna nesta sexta-feira (14) para uma reflexão do resultado do pleito eleitoral 2014 que reelegeu a presidenta Dilma Rousseff e para reiterar que a oposição precisa aceitar os resultados das urnas. “Os homens e as mulheres que têm consciência da solidariedade, do humanismo e da construção da igualdade social votaram na Dilma. O povo brasileiro é inteligente e, por isso, a vitória da presidenta Dilma”, disse. Dr. Rosinha criticou a oposição que, de acordo com ele, continua na tentativa de desqualificar a vitória da presidenta Dilma.

“Historicamente nós sabemos como se comporta a direita golpista brasileira ou, como alguns a chamam, de direita de elite ou os donos da casa-grande. Mas eles não medem consequências. Quando perdem a eleição para aqueles que eles entendem que não os representam, procuram o golpe. A imprensa, o PSDB, o DEM e outros partidos continuam trabalhando no sentido de querer desqualificar a vitória da presidenta Dilma”.

Na avaliação de Dr. Rosinha, em cada processo eleitoral “a direita tem um comportamento mentiroso e calunioso” em relação à realidade. “Antes da ditadura de 64 ou mesmo após a ditadura, a direita sempre teve esse comportamento com apoio da mídia. E através de mentiras e calúnias foi construído o ódio contra o PT e contra os petistas. Esse ódio e esse preconceito chegaram ao auge neste ano de 2014 tentando dizer que o Brasil está dividido. Não há divisão geográfica em nosso País e, sim, divisão de classes sociais. Os que são a favor da construção da igualdade social e aqueles que querem manter a casa grande, separada e construindo, do outro lado, a senzala, os escravocratas e uma parte daqueles manipulados pela mídia”, afirmou.

Dr. Rosinha elogiou a iniciativa da presidenta Dilma de, após as eleições, chamar ao diálogo os partidos mas que, de acordo com ele, não encontrou receptividade nos derrotados na eleição presidencial. “Vou citar aqui o que disse Marcelo Zero em seu artigo. Que a proposta correta e racional da presidenta Dilma de chamar o País polarizado, durante a campanha, para o diálogo e a conciliação, caiu no pântano da bílis negra do discurso do ódio e da intolerância que os setores mais radicais e irracionais da oposição não querem abandonar. No Congresso, a reposta ao convite foi a rejeição à regulamentação da democracia participativa. Algo previsto na Constituição e reivindicado pelas ruas brasileiras, em junho de 2013”, ressaltou.

O que me preocupa, acrescentou o parlamentar petista, “são esses matizes ambíguos e dissimulados de um golpismo sofisticado que parece seduzir setores expressivos da oposição e da mídia conservadora. A presidenta Dilma tem disposição para o diálogo e fez um chamamento para isto. E há que se entender algo que parte da mídia não entende — o PSDB não quer entender —: a democracia tem regras; não é aquilo do vale-tudo, não é aquilo de ir para a rua pedir golpe militar”.

A principal regra da democracia, de acordo com Dr. Rosinha, “é, para o vencedor, ao admitir que se tornou governante de todo o País, de quem recebeu votos e de quem não recebeu, comprometer-se com o diálogo, escutando todas as vozes, sem abrir mão da prerrogativa legítima de decidir. É essa a regra para o vencedor, e é essa a regra que a presidenta Dilma está colocando. E a principal regra para o vencido é admitir a derrota e respeitar o resultado das urnas, sem abrir mão de fazer oposição pacífica, legítima e democrática. Não é isso que estamos vendo”, frisou o petista.

Reforma Política – O deputado Dr. Rosinha defendeu celeridade na reforma política. “Não podemos mais manter o modelo de eleições que temos hoje no Brasil. O financiamento empresarial faz com que cada deputado e cada senador eleito, ou mesmo até o governo, possa ser uma marionete, votando aquilo que a empresa que o financiou deseja”.

Regulação da Mídia – O parlamentar do PT defendeu também a regulação da mídia. “A mídia não pode continuar, em 10, 15 minutos, destruindo homens e mulheres, como ela faz, veiculando mentiras e caluniando pessoas. A reforma da mídia não significa cercear a liberdade nem de circulação de materiais tampouco de ideias.

“Então, o que nós vivemos no Brasil é o maior processo de democracia. E a democracia brasileira ainda é nova — e que bom que ela já está sendo questionada, mesmo sendo nova, quando as pessoas querem reforma política eleitoral ou se negam a ir votar, porque não reconhecem o atual modelo —, mas tem que ser democracia. Acho que as pessoas têm que se manifestar livremente, seja nas ruas ou em qualquer lugar. Nós, aqui, somos representantes do povo na democracia representativa, mas a democracia direta é válida e fundamental para as mudanças sociais”, finalizou o deputado Dr. Rosinha.

Gizele Benitz

 

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