Dois senadores concorrem à presidência nacional do PT

Dois senadores concorrem à presidência nacional do PT em decisão que sairá do 6º Congresso nacional do partido, que acontece nos dias 1, 2 e 3 de junho, no Centro de Eventos Brasil 21, em Brasília.  São eles a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Um deles substituirá Rui Falcão que ocupa há mais de seis anos a direção do partido.

Abaixo um breve perfil de cada um deles:

Gleisi Hoffman (PT-PR)

Gleisi Helena Hoffmann nasceu em Curitiba, Paraná, e iniciou sua caminhada política ainda na adolescência, participando de Grêmios Estudantis e integrando a União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas (Umes). Filiou-se em 1989 ao Partido dos Trabalhadores (PT). É formada em Direito e tem especialização em Gestão de Organizações Públicas e Administração Financeira.

Integrou a assessoria do então vereador petista Jorge Samek, de Curitiba. Em 1999, a convite do então governador do Mato Grosso do Sul, Zeca do PT, assumiu a Secretaria de Estado do governo. Dois anos depois  assumiu a Secretaria de Gestão Pública do município de Londrina, no Paraná.

Após a eleição de 2002, passou a integrar a equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, ao lado da então ministra Dilma Rousseff. Em 2003, foi convidada e aceitou exercer o cargo de Diretora Financeira da Itaipu Binacional. Na função, Gleisi Hoffmann implementou ações de responsabilidade social para funcionários e as comunidades de Foz do Iguaçu e do Paraguai.

Em 2006, afastou-se do cargo para disputar uma vaga ao Senado pelo PT do Paraná. Gleisi obteve cerca de 2,3 milhões de votos (45,14%), mas não se elegeu. Logo após foi eleita presidente do PT no Paraná e, em 2008, candidatou-se a prefeitura de Curitiba. Gleisi ficou em segundo lugar com 18,17%.

Nas eleições de 2010, Gleisi Hoffmann tornou-se a primeira mulher eleita para ocupar uma vaga no Senado pelo Paraná, com mais de três milhões de votos. Em junho de 2011, a presidenta Dilma Rousseff convidou-a a assumir a chefia da Casa Civil da Presidência da República, função que desempenhou até fevereiro de 2014, quando, então, retornou para sua vaga no Senado Federal. Em 2016, presidiu a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Nesse ano, exerce a função de líder da bancada na Casa.

Senador Lindbergh Farias (PT-RJ)

Nascido em João Pessoa, capital da Paraíba, Luiz Lindbergh Farias Filho começou sua trajetória política, como militante do PCdoB, em 1987, quando também ingressou na faculdade de Medicina da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Em 1991, mudou-se para o Rio de Janeiro e assumiu o cargo de secretário geral da União Nacional dos Estudantes (UNE). No ano seguinte assumiu a presidência da entidade, e liderou o movimento dos cara-pintada, que levou ao impeachment do então presidente da República Fernando Collor de Mello.

Em 1994, aos 24 anos, foi eleito deputado federal pelo PCdoB. Em 1996, foi eleito presidente nacional da União da Juventude Socialista (UJS). No ano seguinte, ingressa no Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU).

Na Câmara dos Deputados, destacou-se na articulação das manifestações contra a privatização da Companhia Vale do Rio Doce e do Sistema Telebrás. Em 1998, Lindbergh tentou se reeleger deputado federal, sem sucesso. Mesmo obtendo 73 mil votos, não conseguiu uma vaga porque o PSTU – legenda pela qual concorreu – não atingiu coeficiente eleitoral. Pelo mesmo motivo, em 2000, não pôde assumir o cargo de vereador, embora fosse o quarto mais votado do Rio de Janeiro, com 47 mil votos.

A convite do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, filiou-se em 2001 ao PT. Nas eleições de 2002, elegeu-se deputado federal com 83 mil votos. Dois anos depois disputou a prefeitura de Nova Iguaçu (RJ), sendo eleito com 65% dos votos, e reeleito, em 2008, permanecendo no cargo até 2010.

No dia 3 de outubro de 2010, Lindbergh Farias foi eleito senador pelo Rio de Janeiro, em 1° lugar. No Senado Federal, destacou-se em debates sobre os direitos da pessoa com deficiência e nas discussões sobre as regras de partilha dos royalties do petróleo – motivo pelo qual escreveu o livro “Royalties do Petróleo: As Regras do Jogo”, publicado em 2011 pela editora Agir. Atualmente, é presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

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