Em discurso na tribuna da Câmara nesta quarta-feira (2), o deputado Célio Moura (PT-TO) lembrou, que nesta data, completam-se dois anos da morte de Luiz Carlos Cancellier de Olivo, ex-reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Segundo o deputado, o ex-reitor da UFSC cometeu suicídio por não suportar a humilhação a ele imposta por agentes do sistema de justiça brasileiro, que o levou à prisão de forma injusta, arbitrária e sem provas.
“Luiz Carlos Cancellier se suicidou. Ele foi injustamente preso e humilhado pela Polícia Federal numa operação descabida, que é a perfeita tradução do inescrupuloso abuso de autoridade. Depois, ainda foi impossibilitado de entrar na Universidade Federal de Santa Catarina”, disse consternado o parlamentar petista.
O caso
Cancellier foi acusado pela Polícia Federal de tentar obstruir as investigações da operação Ouvidos Moucos, deflagrada em 2014. A operação consistia em apurar supostos desvios em um programa de ensino a distância, ocorrido em gestões anteriores a do ex-reitor.
Abuso de poder
A morte do reitor Cancellier chamou a atenção da sociedade brasileira para abusos de poder cometidos por agentes públicos. No último mês de agosto, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei (PL 7596/17), do Senado, que define os crimes de abuso de autoridade, cometidos por servidores públicos e membros dos três poderes da República, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos de contas e das Forças Armadas.
A nova lei, por sugestão do líder da Bancada do Partido dos Trabalhadores, Paulo Pimenta (RS), deverá se chamar simbolicamente “Lei Cancellier”, em homenagem ao ex-reitor da UFSC.
Veja o discurso do deputado:
https://www.facebook.com/watch/?v=793172431097758
PT na Câmara