Foi lançado em Brasília esta semana o documentário “O veneno está na mesa”, do cineasta Sílvio Tendler. O filme, com 50 minutos de duração, alerta para o impacto dos agrotóxicos sobre a saúde humana e animal, bem como sobre o meio ambiente.
O documentário foi exibido no Museu da República, na segunda-feira (22), e na Câmara dos Deputados, na terça (23), logo após audiência pública sobre promovida pela subcomissão que trata do tema no âmbito da Comissão de Seguridade Social e Família.
Sílvio Tendler participou das exibições e afirmou que sua obra é uma peça de apoio a uma luta muito importante. “Precisamos debater amplamente essa questão, que é gravíssima, e estimular a sociedade a cobrar das autoridades uma solução para esse problema. Estou à disposição para essa luta”, disse o cineasta.
Na opinião do deputado Padre João (PT-MG), presidente da subcomissão, a meta deve ser a erradicação do uso de agrotóxicos. “O uso de venenos é incompatível com a saúde humana e inconcebível para a produção de alimentos. Precisamos ter no horizonte a superação do uso destes produtos”, defendeu Padre João.
O deputado também chama a atenção para a necessidade de aumento da visibilidade do tema. “O impacto dos agrotóxicos são sofridos por toda a população, enquanto as drogas, como o óxi e o crack, por exemplo, atingem uma parcela da sociedade. Precisamos debater mais essa questão”, declarou Padre João.
O deputado Amauri Teixeira (PT-BA) elogiou a obra de Silvio Tendler e enfatizou o papel que a subcomissão terá. “O cineasta Silvio Tendler, que já deu uma contribuição valiosíssima para a história e a política brasileira com os seus documentários, agora presta uma grande contribuição para a saúde, fazendo com que a sociedade reflita acerca deste tema, que é muito importante. E a subcomissão deverá apresentar um arcabouço completo, com proposições de efeito em curto, médio e longo prazo, de peças legislativas que venham ajudar a reduzir esse problema”, avaliou.
Para o deputado Marcon (PT-RS), que também assistiu ao lançamento do filme, é necessário exibi-lo em todos os espaços possíveis. “O filme mostra a visão do que o agronegócio faz com a natureza, com a produção voltada apenas ao lucro, e a visão alternativa, que defende a produção de alimentos para a vida, o que implica a proteção do meio ambiente. Precisamos divulgar esse documentário em escolas, universidades e também para os agricultores, de modo a mudarmos tanto a produção quanto o consumo, sobretudo porque são os consumidores que podem exigir que os alimentos não tenham veneno”, afirmou Marcon.
O filme “O veneno está na mesa” pode ser adquirido por meio da “Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e Pela Vida”, através do site:
http://contraagrotoxicosdf.wordpress.com
Rogério Tomaz Jr.
