Dirigentes de universidades apoiam continuidade da política federal de interiorização de campi

Leonardo Monteiro audiencia

Representantes do Ministério da Educação (MEC) e dirigentes de instituições federais de ensino superior afirmaram nesta quinta-feira (3) que a política de interiorização de campi – adotada desde o primeiro mandato do presidente Lula e continuada pelos dois mandatos da presidenta Dilma – “é exitosa e precisa continuar”.

A afirmação ocorreu durante audiência pública na Comissão de Educação da Câmara, presidida em grande parte pelo deputado Leonardo Monteiro (PT-MG), e que debateu “Os problemas e desafios dos Campi fora das sedes das Universidades Federais do Brasil”.

O secretário de Educação Superior do MEC, Jesualdo Farias, disse durante a reunião que, além de ter expandido a rede federal de ensino superior nos últimos 12 anos, o governo federal se preocupou com o bem estar dos novos estudantes.

“De 2003 a 2015, o governo federal expandiu de 148 para 330 o número de campi, um aumento de 123% em relação ao que possuíamos antes. Mas, além disso, sempre existiu uma preocupação do governo com a inclusão dos alunos”, explicou.

Entre as políticas de inclusão, o representante do MEC citou o Plano Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), que apoia a permanência de estudantes de baixa renda matriculados em cursos de graduação presencial das instituições federais de ensino superior (Ifes), e o Programa Bolsa Permanência (PBP), que concede auxilio financeiro a estudantes nas mesmas condições, com ênfase para indígenas e quilombolas.

Também como políticas de apoio aos estudantes, Jesualdo Farias citou a Lei de Cotas e programas de acesso às universidades públicas, como Fies e Prouni.

Para o secretario-executivo da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Gustavo Balduíno, a expansão dos campi no País é um sucesso em todos os sentidos, “e os eventuais problemas se tornam pequenos perto dos avanços obtidos”.

“No passado, o que se discutia na direção das universidades não era para onde expandir o campus, mas sim escolher se iria pagar a conta de agua, de luz ou de telefone, porque não havia recurso para todas as despesas”, relembrou.

Como prova da expansão dos campi pelo País, o deputado Leonardo Monteiro disse que na região em que tem base política até pouco tempo não havia qualquer instituição federal.

“Hoje na região do leste de Minas Gerais temos a Universidade do Vale do Jequitinhonha e Mucuri, com sede em Diamantina, e campus em Teófilo Otoni; o campus da Universidade de Juiz de Fora em Governador Valadares, e o campus da Federal de Ouro Preto em Caratinga. Hoje a nossa região está coberta pela rede federal de ensino superior”, apontou.

Desafio – Para o representante da Andifes, o grande desafio para o futuro é garantir a continuidade da expansão dos campi, apesar das restrições orçamentárias.

“A instalação de um campus leva desenvolvimento econômico e social a regiões remotas, investimento em infraestrutura e banda larga; e a chegada de professores e servidores ajuda a dinamizar a economia local. Portanto a expansão precisa continuar, ainda em tempos de corte de despesas públicas”, defendeu.

Também compareceram à audiência pública dirigentes de campus de universidades federais nas cidades de Governador Valadares (MG), Araranguá (SC) e Catalão (GO).

Héber Carvalho

Foto: Gustavo Bezerra/PT na Câmara

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