Diretor do BNDES aponta impactos positivos de investimentos do banco no setor de alimentos

BNDES zara Salu

O diretor das áreas Industrial, Capital Empreendedor e Mercado de Capitais do BNDES, Júlio César Ramundo, em depoimento à CPI que investiga supostas irregularidades ocorridas nos contratos do banco, defendeu nesta terça-feira (22) a política adotada pela instituição ao ampliar a participação das empresas brasileiras nos mercados nacional e internacional. “O que houve foi uma política de fortalecimento das empresas brasileiras, de sua política de internacionalização”, afirmou. Ele contestou argumentos de setores da oposição que insistem em apontar que o BNDES prioriza os financiamentos para indústrias que atuam em áreas de mineração e alimentos. Segundo o dirigente, essas empresas fazem parte de cadeias produtivas com franca competitividade e trouxeram resultados positivos para o banco e para a economia do país.

Para Júlio Ramundo, o setor de frigoríficos foi um dos indicadores do acerto na política executada pelo banco. Segundo o diretor do BNDES, no período de 2003 a 2006 a expansão do emprego duplicou na área de abate no Brasil. O mesmo fato, explicou, ocorreu de 2006 a 2014 com impacto considerável na geração de emprego.

“Nós tivemos expansão no abate no Brasil. Tivemos algumas regiões, durante esse período, com aumento expressivo tanto do emprego como das exportações. Na região Centro-Oeste, por exemplo, tivemos uma expansão de 48.900 postos de trabalho para 73.672 mil empregos no ano de 2014”, relatou Júlio César Raimundo.

O diretor do BNDES disse que as exportações da carne bovina (in natura e em geral) saíram de US$ 1,5 bilhões para US$ 6,6 bilhões registrados em 2013. Em 2014 teve um incremento de 7,7% atingindo a marca de US$ de 7,2 bilhões. Júlio Ramundo disse que, além desses dados que comprovam melhorias e sustentabilidade na área de proteínas houve, também, redução da informalidade – que caiu de 50% para menos de 10% no setor de abate no Brasil.

“Isso significa que a população brasileira está consumindo carne de qualidade e, mais do que isso, o Brasil consegue se firmar, de fato, como liderança em exportação de proteínas no mundo”, observou o diretor do BNDES.

CADE – Para esclarecer setores oposicionistas que insistem em colocar sob suspeição os financiamentos feitos pelo BNDES aos frigoríficos, o segundo-vice presidente da CPI, deputado Carlos Zarattini (PT-SP) sugeriu que o colegiado convoque um representante do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para esclarecer o impacto do setor de carnes na economia.

“A exposição feita pelo diretor do BNDES foi muito clara sobre a atuação do banco. Mas é importante que o Cade venha a esta comissão esclarecer sobre o impacto dos financiamentos do BNDES no setor de carnes em termos de geração de emprego, produção e competitividade”, defendeu Zarattini.

Benildes Rodrigues

Foto: Salu Parente
Mais fotos: www.flickr.com/photos/ptnacamara

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