Dilma vai propor reforma tributária ao Congresso de forma “fracionada”

Dilma_conselhoPoliticoA presidenta Dilma Rousseff disse aos líderes da base aliada, na quinta-feira (24) que o governo quer fazer a reforma tributária no País, mas tem consciência das dificuldades de aprová-la em bloco no Congresso Nacional.

A estratégia do governo, diante da resistência, será “fracionar” a mudança, ou seja, a intenção do governo é propor as alterações em vários projetos, que serão negociados individualmente. A presidenta pediu apoio da base aliada para aprová-los.

A presidente não adiantou, no entanto, quais mudanças no sistema tributário serão propostas pelo governo. No discurso de posse no Congresso em janeiro, a presidente afirmou que a prioridade do governo na área tributária é simplificar, racionalizar e modernizar o sistema. Ela disse também que é preciso ampliar a base de arrecadação tributária para desonerar as atividades que promovem o crescimento econômico, em especial os investimentos e a produção dos bens de consumo popular.

A estratégia foi revelada por Dilma na reunião do Conselho Político realizada na quinta-feira no Palácio do Planalto. Também participaram do encontro o vice-presidente Michel Temer; os ministros da Fazenda, Guido Mantega, da Casa Civil, Antonio Palocci e de Relações Institucionais, Luiz Sérgio; os líderes do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP), e do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), mais líderes e presidentes de 17 partidos. ).

SIMPLIFICAÇÃO – O líder Paulo Teixeira tem afirmado que a reforma tributária, ao lado da reforma política, é um dos grandes desafios do Congresso para este ano. Para ele, é preciso implementar mudanças que assegurem uma tributação mais justa e simplificada, que estimule a contratação de trabalhadores formais. “Nossa tributação desestimula a contratação de pessoas. Temos que ver onde a tributação é ineficiente e melhorá-la”.

A reforma tributária foi tentada no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, só que enviada em bloco para o Congresso. No primeiro mandato, o próprio presidente Lula chegou ir ao Legislativo, acompanhado dos 27 governadores para dar entrada na proposta de reforma política e tributária, que acabou não acontecendo em seu governo.

No segundo mandato, Lula fez nova tentativa, convocou entidades empresariais e sindicais e partidos políticos para a construir uma proposta de reforma tributária que também não foi aprovada.

Na reunião do Conselho Político, Dilma também disse que as reuniões com a base aliada deverão ser feitas de forma mais frequente, mas não falou a periodicidade.

Equipe Informes , com agências

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