O líder da bancada do PT na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), juntamente com os líderes do PC do B, Manuela D’Ávila (RS); do PDT, André Figueiredo (CE) e o representante do PSB, Glauber Braga (RJ), entregaram nesta quarta-feira (28) à presidenta Dilma Rousseff a proposta de Decreto Legislativo (PDC 1258/13) que versa sobre a realização de um plebiscito sobre a reforma política. A iniciativa, segundo o líder petista, foi homenagear a presidenta que sugeriu a ideia da consulta popular.
“Este é um gesto político de profunda sintonia com aquilo que a presidenta solicitou do Congresso Nacional, que é a realização do plebiscito”, afirmou Guimarães.
Antes da entrega da proposta à presidenta Dilma, os líderes e os dirigentes partidários participaram de um ato público, no salão verde da Câmara, onde foi apresentado à imprensa e ao público presente, o resultado dos esforços empreendidos para a coleta de cerca de 180 assinaturas que possibilitaram a efetivação do PDC.
“Diferentemente do que alguns disseram, que iam fazer o enterro do plebiscito, a ideia está consolidada. O filho nasceu e nasceu robusto”, comemorou Guimarães.
Para Guimarães, o trabalho não está terminado. Ele adiantou que a jornada é longa, que vai dialogar com o conjunto da Casa e que a coleta de cerca de 180 assinaturas representa uma vitória. “O que prevaleceu entre nós, foi o desejo de dizer ao país: Nós queremos a reforma política, desde que o povo seja ouvido. Para isso, é fundamental e estratégica a consulta para quem quer fazer uma reforma política transformadora – que dê substância aos partidos e ao sistema eleitoral brasileiro”, ressaltou.
O presidente Nacional do PT, Rui Falcão, que também participou dos dois eventos, elogiou aqueles que subscreveram a proposta de PDC. “Ao pôr a assinatura no requerimento, esses parlamentares honram seus mandatos”, disse.
Temas – Entre os temas que constam na proposta protocolada na Mesa Diretora da Câmara, nesta quarta-feira, Rui Falcão destacou aqueles questionamentos que, segundo ele, são essenciais para o Partido dos Trabalhadores: Participação direta da população; o peso do poder econômico nas eleições (financiamento das campanhas eleitorais) e, coincidência ou não de todas as eleições.
“Queremos saber, por exemplo, se a população concorda ou não com o sistema atual que permite o domínio do poder econômico que se manifesta em vários pontos do país e, principalmente, na hora de eleger o representante da nação”, lembrou Rui Falcão.
Tramitação: O PDC precisa passar por análise da Comissão de Finanças e Tributação, Constituição e Justiça e pelo Plenário da Câmara.
Benildes Rodrigues
Foto: Roberto Stuckert Filho