Ovacionada por milhares de trabalhadoras rurais de todo o País, a presidenta Dilma Rousseff reafirmou seu compromisso com as trabalhadoras rurais que participaram da 5ª Marcha das Margaridas. Durante a cerimônia de encerramento da Marcha, nesta quarta-feira (12), no Estádio Nacional de Brasília – Mané Garrincha, a presidenta entregou o caderno de resposta do governo à pauta de reivindicação anteriormente entregue ao Executivo pela coordenação das Margaridas e, em troca, recebeu de presente o chapéu, uma bandeira e um livro com coletânea de fotos de marchas anteriores.
Após ouvir milhares de mulheres gritarem “olê, olê, olá, Dilma, Dilma”, e a frase “Não vai ter golpe”, a presidenta garantiu que estará ao lado do movimento até o final do mandato, em 2018. “Esse evento é um espetáculo no sentido político, que mostra a força das mulheres do campo, das águas, da floresta e de todo o País. Reafirmo aqui a nossa parceria na busca por justiça, igualdade, liberdade, democracia e não ao retrocesso. Por isso o meu governo quer diálogo constante com vocês”, afirmou Dilma Rousseff.
Após lembrar que desde o primeiro ano de mandato (2011)- quando ocorreu a 4ª Marcha, o seu governo tem escutado as demandas da Marcha das Margaridas, a presidenta Dilma anunciou algumas medidas que atendem a pauta apresentada neste ano. Segundo ela, o governo vai implementar as patrulhas rurais Maria da Penha, em parceria com forças policiais locais, para reduzir os índices de violência doméstica e o feminicídio.
Na área da saúde, a presidenta disse ainda que o governo vai intensificar ações integrais de atenção à saúde da mulher do campo, que será incorporado ao calendário oficial do SUS. Dilma informou ainda que os postos de saúde vão ser equipados para dar uma atenção especial à mulher do campo, na área ginecológica, como em exames de papa Nicolau e mamografia, assim como na aplicação de vacinas e medicamentos de hipertensão e no tratamento de intoxicações crônicas envolvendo o uso de agrotóxicos.
Já área da educação, a presidenta Dilma anunciou a ampliação no número de vagas de creches e pré-escola no campo, até 2018, em mais de 1200 escolas rurais.
No setor produtivo, ela disse anunciou mais de 100 mil cisternas para ajudar as mulheres a produzirem em espaço conhecidos como quintais agroecológicos, com o cultivo de hortas e criação de animais.
“Vou trabalhar para realizar todos os sonhos que vocês depositam em mim e no meu governo, Não deixaremos que ocorram retrocessos.
Como diz um músico, eu vergo, mas não quebro. Assim como as Margaridas podem vergar, mas também não quebram”, destacou.
Apoio– A coordenadora da Marcha das Margaridas, Alessandra Lunas, destacou que as integrantes do movimento nunca serão contrárias ao governo, porque têm consciência de quem representa ameaça aos direitos das mulheres do campo.
“Sabemos o que queremos e estamos com Dilma porque ela representa o projeto político que desejamos. A ameaça (à nossa luta) não é o governo, mas um Congresso de maioria conservadora que aprova projetos contrários aos interesses dos trabalhadores como o projeto da terceirização (PL 4330/04) e a redução da maioridade penal (PEC 171/93)”, observou a coordenadora da Marcha.
Héber Carvalho
Foto: Rogério Tomaz Jr
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