Durante a entrega simultânea de mais 10.962 unidades habitacionais do Programa “Minha Casa, Minha Vida” (MCMV) para seis estados, nesta quarta-feira (9), a presidenta Dilma Rousseff declarou, em Boa Vista (RR), que continuará no cargo de presidenta da República para poder continuar o maior programa habitacional da história do País.
“Quero continuar na Presidência, primeiro porque fui eleita, mas depois porque tenho certeza de que, nos últimos 500 anos, ninguém no Brasil fez um programa para a casa própria para a população mais pobre do País”.
Segundo Dilma, o governo está sendo responsabilizado pelo que chamam de “pedaladas fiscais” pelo fato de seu governo ter usado parte dos impostos para subsidiar a construção de moradias populares por meio da Caixa Econômica Federal. “É uma ação porque eles discordam da forma pela qual nós contabilizamos o gasto. Não há nenhum delito, nenhum crime apontado contra nós”.
Apesar disso, ela garantiu que o programa vai continuar, porque há ainda milhares de famílias pelo Brasil esperando pela mesma emoção conquistada pelas famílias que foram beneficiadas nesta quarta. Dilma lembrou que o último programa habitacional que houve, antes do Minha Casa, foi o Banco Nacional da Habitação (BNH), ainda na década de 1970.
A presidenta elencou ainda os números expressivos do programa. “Nós vamos chegar a 4,1 milhões de casas. Quando fechar 2018, o Brasil terá muito poucas pessoas sem a sua casa própria. Em muitas cidades, para cada cinco casas, uma é ‘Minha Casa, Minha Vida’, que mostra a importância desse programa que beneficia as pessoas mais pobres, aquelas que viviam em condições mais precárias”.
Roraima – somente em Boa Vista, capital do estado, 2.992 moradias foram destinadas a famílias com renda de até R$1,6 mil. Com o empreendimento Vila Jardim, o estado totaliza 6.600 unidades entregues desde a criação do programa.
De acordo com o superintendente regional da Caixa Econômica Federal em Roraima, George Gress, um estudo realizado pela Fundação João Pinheiro com base em dados do Censo 2010, havia apontado um déficit habitacional no estado de pouco menos de 14 mil moradias.
“A gente está tirando da condição de sub-habitação ou não habitação, cerca de 50% do déficit registrado no estado, com base no Censo de 2010. É uma política habitacional extremamente avançada aqui em Roraima”, avalia.
Para o presidente da Companhia de Desenvolvimento de Roraima (Codesaima), Rafael Alvez, a grande preocupação tem sido garantir moradia digna e acompanhamento do ponto de vista social.
“O Vila Jardim está localizado em uma área de expansão da cidade, e se você separasse ele teria condições de se tornar um distrito ou até um município, considerando que são 2.992 famílias. O importante é que não criamos nada desconectado da cidade, além de termos equipamentos públicos dentro e próximos ao residencial. É uma obra muito completa, muito desejada e que agora está se tornando realidade“, afirma.
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Foto: Roberto Stuckert Filho