A presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (10), em discurso durante cerimônia de homenagem a Nelson Mandela, que o líder sul-africano conduziu com paixão e inteligência um dos mais importantes processos de emancipação do ser humano da história contemporânea – o fim do apartheid na África do Sul.
Em cerimônia no Estádio Soccer City, em Joanesburgo, que contou com a presença de mais de 90 chefes de Estado, Dilma afirmou que o combate de Mandela – e o do povo sul-africano – transformou-se em um paradigma, não só para a África, mas para todos os povos que lutam pela justiça, pela liberdade e pela igualdade.
“Trago aqui o sentimento de profundo pesar do governo e do povo brasileiro, e tenho certeza de toda a América do Sul, pela morte deste grande líder, Nelson Mandela (…) Madiba, como carinhosamente vocês o chamaram, constitui exemplo e referência para todos nós”, disse.
No discurso, Dilma afirmou que o apartheid, que Mandela e o povo sul-africano derrotaram, foi a forma mais elaborada e cruel da desigualdade social e política que se tem notícia nos tempos modernos. Segundo a presidenta, Mandela teve seus olhos postos no futuro de seu país, de seu povo e de toda a África.
“Ele soube fazer da busca da verdade e do perdão os pilares da reconciliação nacional e da construção da nova África do Sul. Devemos reverenciar esta manifestação suprema de grandeza e de humanismo. Sua luta transcendeu suas fronteiras nacionais. Deixou lições não só para seu querido continente africano, mas para todos que buscam a liberdade, a justiça social e a paz no mundo”, disse.
A presidenta concluiu o discurso afirmando que assim como os sul-africanos, os brasileiros choram e celebram o exemplo de Mandela, que faz parte do panteão da humanidade.
“O governo e o povo brasileiro se inclinam diante da memória de Nelson Mandela. Transmito aos seus familiares, ao presidente Zuma e a todos os sul-africanos nosso profundo sentimento de dor e pesar. Viva Mandela. Para sempre”.
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Foto: Roberto Stuckert Filho