Ao inaugurar nesta segunda-feira (10) a primeira fase do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), localizado no Porto do Itaqui, em São Luís (MA), a presidenta Dilma Rousseff afirmou que esta é uma das maiores obras de infraestrutura para a exportação da safra de grãos. Para ela, esse empreendimento rebate visão pessimista de alguns setores da sociedade em relação à capacidade do país. “Vamos continuar construindo a pujança do Brasil”, disse Dilma.
“Temos que ter consciência de que o Brasil não está parado. O país fez um enorme esforço na área de infraestrutura. O Brasil tem um estoque de investimentos em infraestrutura que estão sendo maturados e agora sendo entregues. Na área de portos, tivemos uma verdadeira revolução com a Lei de Portos”, lembrou.
A presidenta disse ainda que o terminal representa a nova fronteira agrícola do país. “Que país pode se dar ao luxo de ter uma fronteira agrícola em pleno século XXI? A 7ª economia do mundo – o Brasil tem, nessa área representada pelo Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), a oportunidade de crescer, desenvolver e mostrar sua competitividade, potencialidade e prosperidade a todos os brasileiros”, ressaltou Dilma.
Para a presidenta, essa iniciativa, que conta com a parceria do setor privado, tem um papel fundamental para o desenvolvimento porque vai descongestionar outros portos brasileiros e facilitar o escoamento dos produtos brasileiros para países da Ásia e Europa o que agiliza o processo e reduz custos. “Itaqui diminui o tempo que nós temos para ir até Roterdã, por onde se chega ao mercado europeu”, exemplificou.
“Esse porto cumpre um papel importante para o Brasil ao descongestionar os portos do Sul e Sudeste do país e ampliar a competitividade”, reafirmou. Essa iniciativa, de acordo com a presidenta, é fruto da necessidade de o Brasil descentralizar a logística, ampliando a saída para o norte.
Dilma lembrou ainda que o terminal vai beneficiar os produtores da região do Matopiba e do Nordeste de Mato Grosso. O empreendimento conta com modais ferroviários e rodoviários para receber a produção de grãos; possui quatro armazéns que têm capacidade de armazenagem estática de 500 mil toneladas de grãos (125 mil toneladas cada) e capacidade de movimentação de 5 milhões de toneladas ao ano. A segunda fase, com entrega prevista para 2017, deve comportar outros 5 milhões de toneladas por ano.
O Tegram recebeu investimentos de cerca de R$ 640 milhões. Parte desses recursos foi financiado por meio de bancos públicos.
Para o deputado Zé Carlos (PT-MA), o investimento é um marco estratégico para o Maranhão e para o setor de exportação brasileiro. “Com ele, além da operacionalidade, competitividade, agilidade no escoamento da nossa produção de grãos, traremos mais divisas ao país”.
Benildes Rodrigues
Foto: Isac Nóbrega