A presidente eleita, Dilma Rousseff, vai governar a sétima maior economia mundial, posição que o Brasil alcançará em 2011, segundo a projeção mais recente do Fundo Monetário Internacional (FMI). Essa posição chegou a ser ocupada pelo Brasil em meados da década de 1990, mas ficou neste posto por apenas dois anos. A partir de 1996, quando o presidente já era Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o país perdeu fôlego, chegando ao 12º lugar em 2002.
“Com o governo Lula, o Brasil sofreu uma reviravolta e nossa economia se fortaleceu, ganhou musculatura e passou a ter uma outra projeção mundial”, comentou o deputado José Guimarães (PT-CE). Ele lembrou que o presidente Lula garantiu estabilidade, crescimento com distribuição de renda e justiça social e o Brasil tornou-se um marco em termos de desenvolvimento. “Na crise mundial de 2008, nos tornamos uma referência e o mesmo papel deveremos ter agora, na reunião do G-20, para resolver a crise cambial que ameaça as economias do planeta”, disse.
A trajetória de expansão econômica levou o FMI a uma projeção que indica que o país permanecerá no posto de sétima maior economia até, pelo menos, 2015, último ano para o qual há previsões.
Nos últimos anos, a economia brasileira ultrapassou em tamanho a canadense e a espanhola. Em 2010, quase empata com a Itália. A implicação geopolítica para o futuro governo Dilma dessa consolidação do Brasil entre as potências econômicas pode ser resumida em um clichê: quanto maior o poder, maior a responsabilidade.
“O Brasil está ocupando a posição de países desenvolvidos e, com isso, cresce seu prestígio nas negociações internacionais”, diz Ernesto Lozardo, professor de economia da Eaesp-FGV e autor do livro “Globalização – A Certeza Imprevisível das Nações”.
Equipe Informes, com agências
