A presidenta Dilma Rousseff afirmou, nesta sexta-feira (6), que o processo de impeachment contra ela é “violento” porque foi presidido, na Câmara dos Deputados, por Eduardo Cunha, afastado do seu mandato de deputado federal pelo Supremo Tribunal Federal. “É um processo tão violento que foi necessária uma pessoa destituída de princípios morais e éticos, acusada de lavagem de dinheiro e de contas no exterior, para perpetrar o golpe”, enfatizou.
Por conta da assinatura de contratos para a construção de 25 mil unidades habitacionais pelo Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), nesta sexta-feira (6), no Palácio do Planalto, a presidenta abordou a questão dos programas sociais. Ela se referiu a suposta proposta de governo do vice-presidente Michel Temer, amplamente repercutido na imprensa, de pagar o Bolsa Família apenas aos 5% mais pobres. Para a presidenta, essa ideia reduz o programa a pó.
Segundo Dilma, o vice-presidente defende que os programas sociais precisam ter foco, o que significaria uma redução no tamanho dos programas. “Focar nesse programa é reduzi-lo a pó, é tirar dele a ideia de garantir a renda mínima para criança e, com isso, criar condições que famílias tenham um horizonte de não ter fome. Focar o Minha Casa Minha Vida é reduzir a importância do programa, transformá-lo mais uma vez em programa piloto, que é só o que eles sabem fazer: programa piloto”.
Resistência – A presidenta aproveitou a cerimônia para reafirmar que não vai renunciar ao mandato e que resistirá até o fim. “Os que pedem a minha renúncia se sentem incomodados pela sua inocência. Eu sou muito incômoda, primeiro porque sou a presidenta eleita. Segundo, porque não cometi nenhum crime. E, terceiro, se eu renuncio, eu enterro a prova viva de um golpe absolutamente sem base legal e que tem por objetivo ferir interesses e ferir conquistas adquiridas ao longo dos últimos 13 anos”, disse Dilma.
PT na Câmara, com blog do Planalto
Foto: Roberto Stuckert Filho
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