Dilma: Economia brasileira é sólida e País está preparado para enfrentar momentos de instabilidade

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A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (24), durante reunião na Sede do Conselho da União Europeia, em Bruxelas (Bélgica), que o Brasil está muito mais preparado para enfrentar momentos de instabilidade no cenário internacional. Dilma explicou que o Brasil adota regime de câmbio flexível, tem políticas de meta de inflação e fundamentos macroeconômicos muito mais sólidos do que no passado.

“E nós temos um mérito, vou dizer assim, de termos nos antecipado a esses processos. Na época da exuberância e ampliação dos recursos monetários, iniciamos processos macroprudenciais e fomos um dos primeiros países a começar o ciclo de aperto monetário, elevando nossa taxa de juros”, citou Dilma. A presidenta acrescentou que o governo continua adotando medidas complementares para perseguir a trajetória decrescente da nossa dívida líquida e bruta em relação ao PIB. “Vamos fazer um superávit em torno de 1,9% do PIB. Como temos reservas altas, temos um colchão de proteção em relação a essas flutuações”, reforçou.

A solidez fiscal do País apresentada pela presidenta Dilma, na avaliação do líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP), é fruto de fundamentos econômicos arrojados, com inflação controlada e uma política fiscal consistente. Ele destacou que o Brasil é a quinta maior economia do mundo e a menor dívida externa em curto prazo (7,1%) e possui US$ 376 bilhões em reservas internacionais. “O Brasil foi o quinto país que mais atraiu investimento estrangeiro direto, respondendo por 4,4% do total”, ressaltou.

Inflação – Em seu discurso em Bruxelas a presidenta Dilma afirmou que o controle da inflação e o equilíbrio das contas públicas são requisitos essenciais para a estabilidade e base sólida para a expansão e progresso econômico e social do Brasil. “A inflação está sob controle desde 1999, adotamos políticas de metas de inflação, e reitero a determinação do Brasil em seguir perseguindo isso porque tivemos experiência nefasta com a hiperinflação, e todos aqueles que passaram por isso têm uma vacina inflacionária”, frisou.

Inclusão social – A presidenta destacou que o Brasil passou por uma profunda transformação social nos últimos anos e que a política de inclusão social e redução da pobreza permitiu ao País atravessar a crise sem grandes consequências sociais. Dilma lembrou que foi criado um grande mercado interno de consumo de massa e que o Brasil é atualmente um dos maiores mercados para automóveis, computadores, fármacos, celulares, refrigeradores e cosméticos.

Para o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), integrante da Comissão de Finanças e Tributação, o discurso da presidenta Dilma é realista e reforça a opção correta de ter priorizado uma política macroeconômica com controle da inflação, com crescimento da produtividade e geração de emprego e renda. “Optamos pelo que chamamos de PIB do trabalhador, com garantia de emprego formal, com elevação de renda e com possibilidade real de consumo. Por isso, mesmo em cenário adverso provocado pela crise financeira internacional, a economia brasileira cresceu. Hoje temos reservas financeiras robustas e o País não corre nenhum risco econômico relevante”, afirmou.

Mercosul – Na abertura do VII Encontro Empresarial Brasil-União Europeia, também em Bruxelas, hoje, a presidenta Dilma Rousseff disse que as negociações em curso para um acordo entre o Mercosul e a União Europeia são promissoras e reforçam a perspectiva de um aprofundamento da complementaridade comercial e produtiva das duas regiões. Ela reafirmou que se empenhará para levar adiante as negociações para a conclusão do acordo de associação entre Mercosul e União Europeia. “A conclusão do acordo será uma grande contribuição para a recuperação econômica mundial”, acrescentou.

Acordos assinados – O governo brasileiro assinou hoje, durante a VII Reunião de Cúpula Brasil-União Europeia, em Bruxelas, acordo que cria o grupo de trabalho sobre temas econômicos. O objetivo é desenvolver a cooperação entre o Brasil e o bloco europeu. As áreas de cooperação abrangem infraestrutura e logística, petróleo, gás e indústria offshore, energias renováveis, turismo e responsabilidade social corporativa.

Vânia Rodrigues, com Blog do Planalto

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