Dilma defendeu em Cúpula do Mercosul o cessar-fogo imediato entre Israel e Palestina

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Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A presidenta Dilma Rousseff defendeu hoje (29) o cessar-fogo imediato entre Israel e Palestina. Durante seu discurso na 46ª Cúpula dos Presidentes do Mercosul, que acontece na Venezuela, a presidenta Dilma também falou que desde o início, o Brasil condenou tanto o lançamento de mísseis contra Israel, como também o uso desproporcional da força israelense que resultou num elevado número de vítimas civis. Ela defende que o diálogo pela paz na região do Oriente Médio passa pelo reconhecimento e construção dos Estados de Israel e da Palestina.

“Não podemos aceitar impassíveis a escalada da violência entre Israel e Palestina. Consideramos que para a estabilidade da região e até para a segurança de Israel, a existência dos dois Estados é precondição. O governo brasileiro reitera seu chamado a um cessar-fogo imediato, abrangente e permanente entre as partes. Acreditamos que o conflito entre Israel e Palestina tem um potencial de desestabilizar toda aquela região. Por isso, reiteramos essa questão do cessar-fogo imediato, abrangente e permanente”, frisou a presidenta.

Fortalecimento – Em seu discurso, Dilma Rousseff defendeu ainda o fortalecimento dos mercados internos dos países integrantes do Mercosul. “Os desafios que o Mercosul tem pela frente decorrem de um processo de integração como é o nosso, com um quadro internacional com algumas instabilidades visíveis. Daí porque é importante fortalecer nossos mercados internos, que foram ampliados de forma significativa pelas políticas de inclusão social e distribuição de renda que foram uma das marcas e motores do nosso desenvolvimento”, disse Dilma.

Solidariedade – Dilma manifestou também solidariedade à Argentina, que enfrenta crise relacionada à dívida externa. “O problema que atinge hoje a Argentina é uma ameaça, não só para um país irmão, mas atinge todo o sistema financeiro internacional. Não podemos aceitar que a ação de alguns poucos especuladores coloquem em risco a estabilidade e o bem-estar de países inteiros. Precisamos de regras claras e de um sistema que permita foros imparciais, previsibilidade e, portanto, justiça no processo de reestruturação de dívidas soberanas”, afirmou.

Sobre a construção de uma acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, a presidenta informou que o assunto foi discutido entre os representantes do bloco sul-americano e que é preciso um intercâmbio equilibrado para que o acordo prospere. “No caso da negociação do acordo de associação entre o Mercosul e a União Europeia, nosso bloco já concluiu oferta compatível com os compromissos assumidos nas negociações de 2010. Esperamos agora que o lado europeu consolide a sua oferta. Essa negociação só poderá prosperar com um intercâmbio simultâneo de ofertas”, disse a presidenta Dilma.

Paraguai – A presidenta da República considerou positivo o retorno pleno do Paraguai ao Mercosul e destacou a importância de avançar no livre comércio entre os países do bloco. Dilma enfatizou a importância de valorizar as relações do Mercosul com os países do Caribe e da América Central.

Os cinco presidentes dos países-membros do Mercosul – Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela – reuniram-se nesta terça-feira (29), pela primeira vez no âmbito da Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul, em Caracas. No último encontro, em julho do ano passado, o Paraguai estava suspenso e, no anterior, a Venezuela ainda não havia ingressado no bloco.

Equipe PT na Câmara com Agências

 

 

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