Total de unidades entregues em um ano e 10 meses é quatro vezes maior que nos dois últimos anos do governo anterior, o que reflete o compromisso do presidente com a melhora das condições de vida dos habitantes da região
As cisternas que revolucionam a vida das famílias do Semiárido nordestino nos governos do PT de 2003 a 2016, garantindo água para consumo e produção de alimentos, ganharam novo impulso com a volta de Lula à Presidência da República. O total de cisternas entregues em um ano e 10 meses foi quatro vezes maior que nos dois últimos anos do governo anterior, o que mostra o compromisso do governo federal com a melhora das condições de vida da população do sertão.
Com mais de um milhão de cisternas entregue até 2016, o Programa Nacional de Apoio à Captação de Água de Chuva e outras Tecnologias Sociais (Programa Cisternas) ficou esquecido por seis anos. Retomado em 2023, já entregou 39 mil novas unidades, contra 10 mil em 2021 e 2022. Outras 130 mil foram contratadas, somando investimentos de R$ 860,4 milhões do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).
“Com a volta do presidente Lula, pudemos retomar o investimento e levar novamente os benefícios para as comunidades que mais precisam. Nossa meta é chegar a 221 mil cisternas até o fim de 2026″, disse o ministro Wellington Dias, do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.
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No perfil na rede Instagram, o MDS postou vídeo com depoimento de um beneficiário das cisternas e acrescentou que elas permitem a captação e armazenamento da água das chuvas – caem em grande volume num período curto do ano – sendo fundamentais para a sobrevivência das famílias beneficiadas.
Para a execução do Programa Cisternas, que alcança o Semiárido e a também a Região Amazônica, o MDS estabeleceu 30 parcerias com estados, consórcios públicos e organizações da sociedade civil. O ministério tem ainda 200 contratos com entidades credenciadas, como a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), cuja parceria beneficiou mais de 80 mil pessoas com água potável para beber, cozinhar e produzir alimentos.
A estimativa é que esses agricultores e agricultoras familiares, além de pequenos criadores de animais, possam armazenar 300 milhões de litros de água da chuva, o equivalente a 600 mil caixas d’água residenciais. Com a Fundação Banco do Brasil foi efetivado acordo de R$ 40 milhões para cisternas de produção, beneficiando 1,4 mil famílias no Semiárido.
A parceria com o BNDES foi direcionada para a Amazônia, com R$ 150 milhões destinados para atender quatro mil famílias extrativistas, quilombolas e de assentados. Cerca de três mil indígenas do Território Indígena Yanomami (TIY) serão beneficiados com recursos de R$ 5 milhões para a universalização de acesso à água nas aldeias das calhas dos rios Marauiá, Rio Preto e Ayari.
Inclusão produtiva
Além de levar as tecnologias de acesso à água, o Programa Cisternas visa também a inclusão produtiva rural por meio de transferência de recursos não reembolsáveis de R$ 4,6 mil e de assessoria técnica. Junto com o Programa Fomento Rural, os beneficiados têm a oportunidade de melhorar a qualidade de vida e garantir renda.
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Em matéria da Agencia Gov, um dos beneficiários, José Israel da Silva, um sertanejo de 54 anos, morador de São Caetano (PE), contou que planeja construir um curral para facilitar o manejo do gado, garantindo o bem-estar dos animais e a qualidade da produção. Além disso, ele sonha em cercar sua propriedade, protegendo a plantação.
“A cisterna me deu a oportunidade de construir um futuro melhor para mim e minha família. Sou grato por essa bênção”, comemorou o agricultor, que planeja ampliar a produção. “Meu sonho é plantar muita coisa aqui… para eu não depender mais da feira,” declarou ele, que sempre vivou uma batalha diária contra a escassez, com caminhadas de até 10 quilômetros, por entre a caatinga e trilhas empoeiradas, sob um calor implacável.
221 mil cisternas até 2026
Vinte anos depois de ser lançado em 2003, o governo federal anunciou a retomada do Programa Cisternas, com investimento de R$ 562 milhões em 2023 e mais R$ 570 milhões em 2024 na implantação de cisternas e em tecnologias de acesso à água tanto para consumo, quanto para produção. Além das 62 mil cisternas contratadas em 2023, o MDS contratou mais 50 mil em 2024.
“Nossa meta é chegar a 221 mil cisternas até o fim de 2026”, enfatizou o ministro Wellington Dias.
Com capacidade para armazenar 16 mil litros de água, as cisternas garantem o abastecimento de uma família de até cinco pessoas por até oito meses, durante o período de estiagem. A água da chuva é coletada do telhado das casas, através de calhas, e direcionada para o reservatório. Armazenada em local seguro, ela pode ser usada ao longo do ano, em períodos de seca, filtrada para consumo próprio, para produção de alimentos e para os animais.
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PT Nacional, com Agência Gov e MDS