A deputada Ana Perugini (PT-SP), coordenadora nacional da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos Humanos das Mulheres, classificou o dia 24 de junho, data em que o Reino Unido decidiu, por meio de plebiscito, deixar a União Europeia, como “um dia triste para o espírito de união entre os povos”.
Na avaliação da deputada, além do impacto econômico, o gesto fortalece discursos conservadores e “abre caminho para uma onda de consultas populares pelo mundo, pautadas pelo egoísmo e pela intolerância”.
“Um dia triste para o espírito de união entre os povos. A decisão do Reino Unido de sair da União Europeia se contrapõe à histórica derrubada do Muro de Berlim, em 1989, quando o continente acenou ao mundo o desejo de integração, de compartilhamento de suas dores e de suas virtudes. Ao deixar o bloco, a Grã-Bretanha não mexe apenas com o mercado financeiro, mas com o desejo de um mundo melhor, com menos ódio e mais tolerância. O mesmo ódio que levou à morte a deputada britânica Jo Cox, assassinada porque apoiava refugiados e defendia a permanência do arquipélago no grupo. O resultado do plebiscito realizado na Inglaterra, na Irlanda do Norte, na Escócia e no País de Gales fortalece discursos como o do norte-americano Donald Trump, candidato à Casa Branca que promete construir um muro na fronteira com o México, e abre caminho para uma onda de consultas populares pelo mundo, pautadas pelo egoísmo e pela intolerância. Num momento em que guerras e atentados destroem famílias e colocam nossa civilidade em xeque, precisamos trabalhar por uma educação com valores novos que possibilitem o avanço civilizatório. Fraternidade, solidariedade e partilha devem ser aprendidos”, avaliou Ana Perugini.
Assessoria Parlamentar