O reggae simboliza o grito emudecido de liberdade em defesa das populações marginalizadas do mundo. Com essas palavras a deputada Erika Kokay (PT-DF) definiu a importância do gênero musical, desenvolvido na Jamaica na década de 1960, durante sessão solene que homenageou o Dia Nacional do Reggae, comemorado no dia 11 de maio. A data, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff no ano passado, foi escolhida em memória ao dia da morte do cantor e compositor Bob Marley, ícone do estilo musical. O deputado Amauri Teixeira (PT-BA) foi o autor do requerimento da sessão.
“O reggae tem uma linguagem universal que dialoga com todos os seres humanos que tem algum tipo de indignação com as injustiças e com a miséria estabelecida sobre grande parte da população brasileira”, destacou Erika.
Por meio de uma gravação, uma vez que não pode estar presente à homenagem, o deputado Amauri Teixeira destacou que o reggae é uma “música de resistência e afirmação da cultura negra” e que o movimento musical “transformou-se em um estilo de vida para os seus adeptos”.
Entre os admiradores do reggae, muitos são seguidores do Movimento Rastafári. Surgido na Jamaica, entre trabalhadores e camponeses afrodescendentes em meados dos anos 20, o rastafarianismo é um movimento religioso que proclama Hailê Selassiê I, imperador da Etiópia, como a representação terrena de Jah (Deus). O movimento Rastafári espalhou-se pelo mundo graças à imigração e ao interesse gerado pelo reggae e pelo seu representante mais famoso, o cantor e compositor Bob Marley.
Participaram do evento a ministra da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, e a Embaixadora da Jamaica no Brasil, Alison Stone Roofe. Também estiveram presentes à homenagem cantores e grupos musicais (que apresentaram várias canções de reggae), além de fãs do estilo musical.
Héber Carvalho