Dia internacional lembra o sacrifício de 129 mulheres

O Dia Internacional da Mulher foi criado em homenagem a 129 operárias que morreram queimadas numa ação da polícia para conter uma manifestação numa fábrica de tecidos. As operárias pediam a diminuição da jornada de trabalho de 14 horas para 10 horas por dia e o direito à licença-maternidade. Isso aconteceu em 8 de março de 1857, em Nova York, nos Estados Unidos.

Nos últimos cem anos, muito mudou. No Brasil, em 1928 Celina Guimarães foi a primeira eleitora do país e da América Latina, ao votar na cidade de Mossoró (RN). Em 1929, Alzira Floriano foi a primeira prefeita eleita em Lages (RN). Somente em 1933 foi eleita a primeira mulher deputada federal e o voto feminino se tornou obrigatório apenas em 1946.

Conquistas e desafios – Na comemoração dos 100 anos do Dia Internacional das Mulheres, além das reivindicações, a ideia é também fazer um balanço dos avanços ao longo do governo Lula.

A avaliação das parlamentares é que na gestão do PT foram realizadas, pela primeira vez, as primeiras conferências voltadas exatamente para o debate da questão de gênero, ampliou-se o ingresso feminino no mercado de trabalho e foi criada uma secretaria especial voltada exatamente para política de promoção das mulheres. Também houve avanços no combate à violência contra as mulheres , com a aprovação da Lei Maria da Penha.

Na educação, as deputadas destacaram principalmente a aprovação do Fundeb (Fundo Nacional de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). O fundo garantiu a pré-escola e cobertura educacional até o ensino médio e tem como meta, até 2021, estender de 30 milhões para 47 milhões o número de alunos de creches, educação infantil e especial, ensinos fundamental e médio e educação de jovens e adultos.

Parlamentares petistas destacaram também os desafios.As diferenças entre homens e mulheres no mercado de trabalho, por exemplo, vão além da desigualdade salarial. No Brasil e em diversos outros países da América Latina, as mulheres continuam tendo menor participação nas atividades econômicas, são maioria no trabalho informal e entre a população desempregada, e continuam sendo as maiores vítimas de assédio moral e sexual .

Gabriela Mascarenhas

 

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