Dia Internacional da Mulher: mais direitos, espaço e igualdade

05-03-10-dia da mulher-D1Cem anos após o episódio no qual 129 mulheres morreram por uma causa, sessão solene do Congresso Nacional marca nesta terça-feira, às 10h, no plenário do Senado, um século de conquistas e reivindicações femininas no Dia Internacional da Mulher.

 A data é celebrada em 8 de março. Este ano, segundo a bancada feminina do PT, o Dia Internacional da Mulher tem um viés diferenciado na medida em que pela primeira vez, no Brasil, há uma candidata com chances reais de se eleger para a Presidência da República – a ministra Dilma Rousseff.

Na sessão solene o PT será representado pela deputada Janete Rocha Pietá (SP), coordenadora da bancada feminina do partido na Câmara. “Defendemos uma pauta extensa na qual não se perca de vista que a luta iniciada há 100 anos foi pela redução da jornada e por melhores condições de trabalho para as mulheres. Defendemos a igualdade salarial, mais mulheres na política e que os partidos repassem verbas para a formação política feminina”, afirmou.

O Dia Internacional da Mulher em 2010 no Congresso vai homenagear Maria da Penha Maia Fernandes, que deu nome à Lei 11.340, a Lei Maria da Penha, que combate a violência doméstica contra a mulher, e a médica Zilda Arns, morta em janeiro num terremoto no Haiti.

A novidade deste ano é a mobilização pela aprovação de três propostas consideradas pelas parlamentares como o tripé essencial para o avanço na trajetória feminina por direitos e igualdade.

As deputadas reivindicam a aprovação da proposta de emenda à Constituição 30/07, que amplia para 180 dias a licença-maternidade e lutam pela aprovação da PEC 590/06, que garante representação proporcional entre homens e mulheres na composição da Mesa Diretora e das comissões da Câmara e do Senado. Também defendem a aprovação do PL 6653/09, que pretende garantir a igualdade salarial entre mulheres e homens e coibir práticas discriminatórias nas relações de trabalho.

Maternidade – A PEC 30/07, de autoria da deputada Ângela Portela (PT-RR), inclui na Constituição o direito da mãe à licença-maternidade de seis meses.

Hoje, essa licença é de quatro meses, mas pode ser ampliada para seis meses para funcionárias de empresas que aderirem ao programa “Empresa-Cidadã”. A licença-maternidade ampliada também beneficia as mães que adotam crianças, as que contribuam com a Previdência Social, as empregadas domésticas e as trabalhadoras rurais. Também aumenta de cinco para sete meses a proibição de dispensa sem justa causa após parto, adoção ou obtenção de guarda judicial.

Para Ângela Portela, a ampliação da licença-maternidade é uma conquista. “A intenção é universalizar a licença ampliada a todas as trabalhadoras do setor público e privado”, disse.

Trabalho – Já o PL 6653/09 cria mecanismos para garantir a igualdade entre mulheres e homens, para coibir práticas discriminatórias nas relações de trabalho. O projeto de lei ampara-se na Constituição Federal, nas convenções internacionais que o Brasil já ratificou na OIT (Organização Internacional do Trabalho) e na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). “Esses são marcos. As convenções são ratificadas pelo governo com empresários e trabalhadores. Agora o Brasil terá uma lei, amparando melhor os trabalhadores e trabalhadoras quando houver uma discriminação racial por gênero, raça, orientação sexual, idade ou aparência física, entre outros”. detalhou a gerente de projetos da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Eunice Maia.

Pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) aponta que, em 2009, o rendimento médio por hora de trabalho das mulheres casadas com filhos era de R$ 5,89, contra R$ 6,91 daquelas sem filhos. A taxa de desemprego das mulheres que não têm filhos (13,1%) também é menor do que a taxa de desemprego de mães (15,6%), reforçando a preferência dos empregadores por mulheres que não tenham de realizar a chamada dupla jornada.

Participação – Outra demanda feminina é a aprovação da PEC 590/06, da deputada Luiza Erundina (PSB-SP), que garante a participação proporcional por gênero na composição das mesas diretoras da Câmara e do Senado e participação em todas as comissões temáticas, permanentes ou provisórias, das duas Casas.

Presidente da comissão especial que aprovou a PEC por unanimidade, a deputada Emília Fernandes (PT-RS) afirmou que a proposta é fundamental para mostrar ao Brasil e ao mundo que o país tem compromisso com a participação política das mulheres.

Segundo ela, há setores contrários à aprovação da PEC que sugerem que se faça apenas alterações no regimento interno das duas Casas. “Entretanto, o regimento interno é vulnerável e fica à mercê da decisão da maioria política. A PEC traz outra conotação de valor e sinaliza o compromisso que o país tem com a presença de mulheres nos espaços de poder”, disse.

Gabriela Mascarenhas

 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100