Entre agosto de 2013 e julho de 2014, a Amazônia Legal registrou um dos períodos de menor destruição. Segundo mapeamento realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgado nesta quarta-feira (26), houve uma queda de 18% no desmatamento da região. Com 4.848 quilômetros quadrados (km²) desmatados, este é o segundo menor índice histórico de desmatamento – atrás apenas da divulgação de 2012, quando o montante registrado foi de 4.571 km².
O Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes), do Inpe, computa como desmatamento as áreas maiores que 6,25 hectares onde ocorreu remoção completa da cobertura florestal – o corte raso. O cálculo da taxa de desmatamento foi obtido após o mapeamento de 89 imagens de satélite.
Na avaliação do deputado Márcio Macêdo (PT-SE), titular da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, esse resultado positivo foi possível porque o governo Dilma tem investido em tecnologia de ponta para o monitoramento e mapeamento sistemático da Amazônia Legal. “Também contribuiu para a queda do desmatamento as constantes fiscalizações realizadas pelo Ibama e o endurecimento das punições aos delinquentes ambientais”, afirmou.
Ainda segundo Márcio Macedo, o menor índice de destruição é resultado também do processo de conscientização ambiental. “O governo tem ampliando e intensificado a sua política de cidadania ambiental, com isso a população se torna mais consciente e participativa na preservação do meio ambiente”.
Números – O Pará foi o estado que mais desmatou a Amazônia nos doze meses analisados. Foram 1.829 km² de vegetação perdida. Em seguida vem o Mato Grosso, que registrou o corte raso de 1.048 km². Segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, com exceção do Acre e Roraima, todos os estados apresentaram redução no desmatamento.
A análise do Prodes não levou em conta o Amapá porque a cobertura de nuvens da região não permitiu que o satélite verificasse o desmatamento no estado. O estudo de 2013 havia considerado o Amapá no resultado. Segundo Luiz Maurano, do Inpe, “pode haver diferença, mas ela não é preocupante”. No ano passado, o Amapá registrou perda de 23 km².
Regeneração – O Inpe também divulgou que pouco mais de 172 mil km² de área desmatada na Amazônia Legal estão em processo de regeneração. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, ressaltou que, desse total, 113 mil km² se mantiveram em regeneração no período de 2008 a 2012. “Isso significa que temos mais floresta em regeneração do que está sendo retirado”, disse ela, em referência a taxa de desmatamento.
PT na Câmara, com agências de notícias