Desemprego em alta é provocado pelo golpe de 2016, afirma Prascidelli

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) contínua, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que praticamente um quarto da população brasileira (24,1%) sofre atualmente com a falta de trabalho. Segundo o levantamento divulgado nesta quinta-feira (17) o número de desempregados, desalentados – que desistiram de procurar emprego e por isso não são mais computados como desempregados nas pesquisas – e que desejam trabalhar mais horas chega a 27,7 milhões de pessoas. Segundo o IBGE, esse indicador corresponde a taxa de desemprego ampliado do Brasil.

Para o deputado Valmir Lula Prascidelli (PT-SP), os dados da pesquisa demonstram que o golpe parlamentar de 2016 não atingiu apenas a presidenta eleita Dilma Rousseff, mas principalmente o povo brasileiro.

“Esses dados demonstram quanto o golpe praticado contra a democracia, que derrubou a presidenta Dilma e foi capitaneada pelo MDB, PSDB e o empresariado representado pela FIESP e pela grande imprensa, não visava a melhoria da vida da população, como eles diziam, mas serviu apenas para uma narrativa para entregar o patrimônio público, como a Eletrobras, o pré-sal, privilegiando o capital financeiro em detrimento dos interesses da população”, acusou.

Em relação aos desalentados, a pesquisa registra que o número triplicou nos últimos anos. No primeiro trimestre de 2014 havia 1,6 milhão de pessoas nesta condição. Já no primeiro trimestre de 2018, saltou para 4,6 milhões, o maior da série histórica do IBGE, iniciado em 2012.

A PNAD contínua revela que no primeiro trimestre deste ano um contingente de 3,035 milhões de brasileiros buscava emprego no Brasil há pelo menos dois anos. Este número equivale a 22% dos desempregados atuais do País, estimados em 13,7 milhões de pessoas. Neste número estão computadas 139 mil pessoas a mais do que o verificado pelo mesmo levantamento durante o quarto trimestre de 2017, e revelam um aumento de 4,8%.

O perfil da maioria dos desempregados há pelo menos dois anos é de mulheres (54,2%), com idade entre 18 e 24 anos (23,4%), de cor parda (63,5%), e com ensino fundamental incompleto (38,4%) ou ensino médio completo (25%).

Héber Carvalho

 

 

 

 

 

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