Descaso e intolerância são marcas de governos do PSDB com setor da educação

Deputados

Intransigência, ausência de diálogo, descaso e intolerância são os ingredientes utilizados pelos governos do PSDB quando o assunto diz respeito à questão da educação, principalmente no tratamento dos trabalhadores do setor. Esse é o entendimento dos deputados Ana Perugini (PT-SP), Zé Geraldo (PT-PA) e Ságuas Moraes (PT-MT), representantes de estados aonde o setor de educação vem sendo tratado historicamente com descaso pelo PSDB.

“O maior problema de São Paulo nas gestões tucanas é a falta de diálogo. A pauta da categoria sempre foi travada pelo Estado. Quando ocorrem reajustes, estes são parcelados e já faz mais de quatro anos que os professores do estado estão sem reajustes”, lembrou Perugini.

Recentemente, lembrou a deputada, apesar de o Supremo Tribunal Federal (STF), determinar o pagamento dos dias parados no período de greve dos professores da rede estadual, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) ainda não acertou as contas com os docentes.

Apesar de ter se comprometido com o sindicato dos professores da rede estadual (Apeoesp), de que acataria a decisão do STF, o governo tucano suspendeu o pagamento e anunciou que vai pagar, em folha suplementar, os dias parados referentes aos meses março e abril, com data a definir. Até o momento o governo Alckmin pagou apenas os dias parados de maio, no entanto, os professores reclamam que nem todos que aderiram à greve receberam.

“O descaso é principalmente com o professor. Nisso, o governo é intolerante e nenhum diálogo é construído. É preciso mudar esse quadro. Para isso, a categoria precisa se organizar cada vez mais”, sugeriu Ana Perugini.

Em outros estados governados por tucanos, a educação pública também sofre. O deputado paraense Zé Geraldo analisa que o PSDB sempre governou o Pará e sempre teve um tratamento ruim com a educação e com os trabalhadores dessa área. “Eles não respeitam os sindicatos, não respeitam as negociações feitas. Isso revela porque o ensino médio do Pará – que é tarefa do governo estadual, é o pior do Brasil”, lamentou Zé Geraldo.

No Pará, os professores estaduais não deverão receber os 73 dias de paralisação. O governo de Simão Jatene (PSDB) ganhou na Justiça uma liminar que permite o desconto dos dias parados. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp) reclama que o governo não está cumprindo o combinado de descontar 10% dos dias e parcelar em dez vezes.

No Paraná, após uma greve que durou 44 dias, marcada pela truculência e violência por parte da polícia do governo Beto Richa (PSDB), os professores estaduais estão com os pagamentos em dia. Porém, o sindicato da categoria afirma que os acordos da negociação com o estado ainda apontam pendências.

“Nos estados onde o PSDB governa o que se percebe que há uma orientação por parte desses governos para não atender as demandas dos professores”, observou o deputado mato-grossense, Ságuas Moraes (PT-MT), lembrando que o Mato Grosso também sofre com o mesmo tratamento de pouco caso com os educadores por parte dos tucanos.

Em Goiás, administrado pelo tucano Marconi Perillo, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) reclama da dificuldade imposta pelos diretores das escolas e subsecretários para a reposição de aulas. O sindicato diz que busca a resolução por meio da secretaria de Educação.

Benildes Rodrigues com Agência PT

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