Descaso do governo golpista de Temer pode deixar 4 milhões de pessoas sem água em Fortaleza, denuncia Guimarães

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O vice-líder da Minoria na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), denunciou nesta semana que, dada a inoperância do governo golpista Michel Temer, o Ceará poderá enfrentar um colapso no abastecimento de água, já que há cinco meses estão paralisadas as obras de interligação da bacia do rio São Francisco, vitais para todo o Nordeste. Por causa da incompetência e do descaso com a obra, poderá faltar água para toda a população de Fortaleza e sua região metropolitana, afetando 4 milhões de pessoas, disse Guimarães.

Faz cinco meses que as obras estão paralisadas no trecho entre Pernambuco e Jati, no Cariri cearense. “A presidenta Dilma deixou o governo com 90% da obra pronta, mas o governo atual não se sensibiliza com a urgência do andamento e conclusão do projeto”, comentou o parlamentar. Guimarães criticou a base governista de hoje que, na oposição, sempre criticou o projeto de interligação do São Francisco. Ele observou que é uma obra grandiosa e vital para a região.

“Estamos à beira do colapso hídrico em estados como Ceará e Paraíba, por causa da paralisação da obra, mas a atual base do governo ainda tenta culpar Dilma pelo atraso”, criticou Guimarães. O problema é que a construtora Mendes Júnior, por causa da Operação Lava-Jato, entrou com pedido de recuperação judicial, prejudicando sua atuação. A sugestão de José Guimarães é que o governo federal decrete estado de calamidade pública, para que uma empresa assuma em caráter de urgência as obras. “Já se passaram 5 meses e nada foi feito. Não se pode mais esperar”, afirmou.

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), se reuniu na noite de terça-feira (8), no Palácio do Planalto, com o presidente ilegítimo Michel Temer. Na pauta, a retomada das obras de interligação do São Francisco e outras ações em infraestrutura hídrica. “Conversamos sobre a necessidade de buscarmos alternativas mais rápidas para o retorno das obras, que nos dará segurança e garantia de que, caso não chova no Ceará, o estado não entre em colapso hídrico”, disse o governador.

Camilo Santana disse que vai responsabilizar o governo federal se houver colapso no abastecimento de água em Fortaleza. “Eu já falei isso de público. Ou a gente faz um movimento nacional para sensibilizar o governo federal a olhar para o Nordeste, ou não teremos saída”, afirmou.

Segundo o governador, se a obra não for colocada como prioridade, o estado não terá onde buscar água. “Se essa obra não for concluída e se não chover, teremos um colapso para 4 milhões de pessoas aqui na Região Metropolitana e o responsável será o governo federal, que não está escutando os governadores, que não está escutando os seus representantes”, pontuou.

Segundo Guimarães, o governo federal mandou ofício ao governador do Ceará informando que as obras só serão retomadas em 2017, depois de nova licitação. “Mas a população vai ficar com sede? Porque não tem água”, alertou Guimarães. Ele informou que os dois maiores reservatórios de água do Ceará estão praticamente esgotados – o açude Castanhão está com um nível de 6% de água, e o de Orós com pouco mais de 20%. “Todas as bacias e seus reservatórios estão em situação de calamidade pública, e o Nordeste vive uma de suas maiores crises hídricas”, lamentou.

Equipe PT na Câmara com assessoria parlamentar

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