Deputados pedem apoio de ministra para reverter abandono do povo Guarani Kaiowá

mariadorosario_reuniaocomisReverter o quadro de abandono e violência que vive o povo Guarani Kaiowá em Mato Grosso do Sul é o desafio de deputados da Frente Parlamentar de Apoio aos Povos Indígenas e da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. Na terça-feira (13) eles se reuniram com a ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário, para tratar da questão. Os deputados Padre Ton (PT-RO), Domingos Dutra (PT-MA) e Erika Kokay (PT-DF) relataram para a ministra os principais problemas encontrados e pontuaram questões que devem merecer ações imediatas do governo federal.

O coordenador da Frente Parlamentar de Apoio aos Povos Indígenas e da Comissão Externa que foi a Mato Grosso do Sul verificar a situação de violência vivida pelos povos indígenas da região, deputado Padre Ton, disse à ministra que no Estado reina a mais completa impunidade. Os assassinatos, sequestros e agressões cometidos por pistoleiros contra mulheres, homens e crianças índias não têm nenhuma atenção das autoridades locais, e a Polícia Federal pouco tem feito. Segundo o deputado, a instituição não tem estrutura, o que é o caso da Funai também.

Padre Ton relatou ainda a situação de abandono. “Eles estão em lonas de plástico, em diversos acampamentos às margens de rodovias, sem saúde, sem água potável, sem alimento, sem escola. É uma situação dramática”, disse.

Para os parlamentares, três questões são cruciais para desencadear ações de combate a problemas que afetam drasticamente os povos indígenas de Mato Grosso do Sul: a impunidade; o alto índice de suicídio resultado da pouca terra disponível para os cerca de 70 mil índios de Mato Grosso do Sul e o fortalecimento da estrutura material e de pessoal da Funai e Polícia Federal.

Uma reunião ampliada com a ministra Maria do Rosário, com participação do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH) e Comitê Gestor de Dourados será realizada nesta quinta-feira (15) no gabinete da ministra, que considera gravíssimo o quadro relatado pelos parlamentares que foram às regiões de Dourados, Amambaí e Ponta Porã (MS).

Assessoria Parlamentar

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