Deputados do PT reagem com indignação à condução coercitiva e golpista de Lula

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A condução coercitiva do ex-presidente Lula, realizada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (4), para depor no inquérito da 24ª operação Lava Jato, revoltou vários parlamentares da bancada do PT na Câmara. Muitos se manifestaram com indignação nas redes sociais contra o que consideraram uma atitude ilegal, injustificada, golpista e destinada apenas a desconstruir a imagem do ex-presidente e minar uma possível candidatura dele em 2018.

O deputado Paulo Teixeira (SP) disse que a “condução coercitiva quando não há sequer uma intimação para depor, quanto mais a negação ao depoimento, tem nome: É Golpe!”, destacou o petista ao postar a hastag #PovoComLula .

Para o deputado Nilto Tatto (SP), a ação da PF foi um espetáculo golpista onde foi perdida a decência e o respeito às instituições. “Os golpistas não conseguiram se controlar, perderam as estribeiras. A decência e o respeito para com as instituições é pouco, frente à vontade incontrolável de fazer um espetáculo de coerção ao ex-presidente Lula. Não havia nada que justificasse esta ação no Instituto Lula e na residência dele. Nada. A não ser a tentativa de destruir a imagem de uma das principais lideranças mundiais”, protestou.

Na avaliação do deputado Ságuas Moraes (MT), o ex-presidente Lula sofre esse ataque pelo fato de ser o mais forte candidato para as eleições de 2018.

“Lula é o pré-candidato mais forte às eleições presidenciais de 2018, por isso está sendo alvo dessa campanha avassaladora de calúnias e difamações por parte de seus opositores, da mídia, de setores da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e do Judiciário. Não aceitaremos que destruam a imagem do Presidente Lula”, avisou o petista ao publicar a hastag #‎LulaGuerreiroDoPovoBrasileiro‬.

O deputado Valmir Assunção (BA) disse que a condução coercitiva de Lula “É mais um espetáculo sensacionalista que a mídia produz para favorecer os golpistas!”, acusou ao postar as hastags ‪#‎SomosTodosLula‬ ‪#‎PovoComLula.

A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) manifestou sua indignação em vídeo. “Diante desse ato bárbaro, dessa tentativa maior de golpe, daqueles que não ganharam as eleições, contra o nosso querido Luiz Inácio Lula da Silva. Estou convocando a população brasileira, que sabe que esse país mudou, que nós vivemos um estado democrático e que nós não aceitaremos que haja mais golpe neste país… Juntamente com o Partido dos Trabalhadores e com os setores progressistas e com os brasileiros e brasileiras que não aceitam mais o golpe, vamos para as ruas. Vamos manifestar neste momento a nossa indignação. Eles não passarão, eles não darão um golpe no país, porque nós estaremos juntos. Companheiro Lula, você, um grande brasileiro que mudou a história desse país, que incluiu milhões de pobres necessitados, que pôde dar ao trabalhador brasileiro sua grande oportunidade, que pôde dar aos nossos filhos a oportunidade de estudar de se alimentar, de estar firme e forte acreditando neste país. Estamos contigo e não deixaremos que esse golpe venha acontecer. Acreditamos em você como homem digno, fiel e defensor dos interesses do povo brasileiro.”

O deputado Vicente Cândido (SP) também se manifestou em apoio ao presidente Lula. “Todo meu apoio e solidariedade ao presidente que mais lutou pelo povo brasileiro. ‪#‎SomosTodosLula”, ressaltou. ‬

Na mesma linha, o deputado Vicentinho (SP) afirmou que o ex-presidente Lula “é vítima dessa espetacularização (operação Lava Jato) mas sairá mais fortalecido para 2018”.

Para o deputado Zé Geraldo (PA) o depoimento coercitivo de Lula segue um roteiro previamente definido. “Tudo combinado: vazamento de uma delação inexistente, com acusações contra Lula e com forte repercussão na mídia, e o bote final de Moro! Golpe!”, vaticinou.

O deputado Zeca Dirceu (PR) manifestou solidariedade ao ex-presidente Lula e a sua família e criticou a condenação prévia que setores da mídia e do judiciário promovem contra Lula. “O que ocorre com Lula hoje é uma repetição dos absurdos cometidos com várias outras lideranças do PT. A palavra de um delator vale para a imprensa como ferramenta para denegrir, distorcer e até condenar. Em qualquer lugar do mundo onde existe justiça de verdade, condenações só ocorrem dentro do legítimo estado de direito, com denúncias baseadas em provas e não apenas em delações, e sem vazamentos seletivos e pressão do judiciário”, ressaltou.

A deputada Margarida Salomão (PT-MG) afirmou que a condução coercitiva do ex-presidente Lula se configura como uma afronta à sociedade brasileira e às instituições democráticas. “É golpe, e não vamos aceitar isso”, disse a petista, ao convocar a militância e o povo brasileiro. “Estão mexendo com muito mais gente do que estão pensando. Estou convidando essas pessoas a se mobilizarem, a se reunirem, a denunciarem, a irem para as ruas. Chega! Em nome da democracia do Brasil, eu quero dizer: presidente Lula, estamos juntos!”, afirmou. Ao mesmo tempo, Margarida pediu aos militantes para não caírem em provocações infundadas e para evitarem agressões. “A verdade prevalecerá”, sentenciou.

O deputado João Daniel (PT-SE) avaliou que os acontecimentos desta sexta-feira (3) fazem parte de todo um calendário golpista, que foi ensaiado e planejado para o dia 13 de junho, quando está marcada uma manifestação pró-golpe. Segundo o petista, tudo o que está ocorrendo contra Lula está dentro de um planejamento que não atinge somente Lula, mas toda a democracia e a classe trabalhadora no Brasil. “Todos se preparem para as mobilizações que deverão acontecer imediatamente, a partir das decisões nacionais”, convocou.

A deputada Luizianne Lins (PT-CE) apontou que a condução coercitiva do presidente Lula foi mais um dos abusos cometidos pelo “estado policialesco” que vai se configurando na agenda da Operação Lava-Jato. “Ações cinematográficas, espalhafatosas, turbinadas pela grande imprensa e baseadas apenas em delações levianas e vazamentos seletivos e ilegais estão promovendo não o amadurecimento de nossas instituições republicanas, mas insuflando o justiçamento midiático e o ódio de classe”, afirmou a deputada.

Além de manifestar solidariedade a Lula e reafirmar sua crença no estado democrático de direito, Luizianne disse que política é “o terreno da disputa de ideias e de projetos entre forças adversárias, não da tentativa de eliminação fascista do ‘inimigo’ como temos presenciado”.

O deputado Leo de Brito (PT-AC) avaliou que ação de hoje contra Lula apenas prova o que já foi dito e o que todos já sabem: a Lava-Jato tem objetivo político claro de derrubar o governo e acabar com Lula e o PT. “É uma a ação coordenada da Lava-Jato, da mídia e dos movimentos golpistas para inflar o dia 13. Ninguém é idiota pra não ver”, afirmou o petista.

A deputada Maria do Rosário (PT-RS) fez uma analogia do episódio deste dia 4 com as mobilizações que antecederam o golpe de 64, em março daquele ano. “É março, mas o roteiro do golpe mudou. Métodos atuais usam de espetáculos policial-midiáticos”, avaliou. “Nefasta conspiração! O autoritarismo se empodera com o desrespeito à Lula. As ditaduras sempre deixam seus ovos chocando nas instituições”, completou.

Ao analisar a ação contra Lula sob outro viés, o deputado Décio Lima (PT-SC) disse que o único crime cometido pelo ex-presidente foi ter mudado a realidade histórica da população. “Não se enganem, a perseguição ao maior líder popular da história do Brasil não tem relação com seus defeitos, mas sim pelas suas principais virtudes”, disse. Entre as mudanças promovidas, Décio Lima cita alguns “crimes”: “Fazer o filho do pedreiro virar doutor; permitir que a empregada tenha o mesmo carro que a patroa; tirar 36 milhões de brasileiros da linha da miséria; ser do Partido dos Trabalhadores e não dos patrões”.

Pelas redes sociais, o deputado Caetano (PT-BA) disse estar clara a intenção da Lava-Jato: “É uma operação política com o único objetivo de desestabilizar o companheiro Lula”. A deputada Ana Perugini (PT-SP) também repudiou a ação: “A condução coercitiva foi para a foto. Está evidente o caráter midiático da foto da condução coercitiva de lula.”

O parlamentar paranaense lembrou ainda que a justiça ocorre com direito de defesa e com julgamento em no mínimo duas instâncias. “E tudo isto está sendo rasgado e jogado no lixo não apenas neste momento, mas há vários anos no nosso país”.

Também se manifestaram por meio de hastags e memes os petistas Moema Gramacho (BA) e Pedro Uczai (SC).

Héber Carvalho

Foto: Ricardo Stuckert

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