Parlamentares da Bancada do PT ocuparam a Tribuna da Câmara na terça-feira (15) para saudar as iniciativas de ajuste orçamentário anunciadas pelo governo federal. Os deputados apoiaram a recriação da CPMF. Para o deputado Fernando Marroni (PT-RS), a CPMF vai ajudar no combate à sonegação.
“Pela proposta, em R$ 1 mil, a CPMF será de R$ 2; quase nada. Em compensação, em R$ 1 bilhão, será de R$ 2 milhões. Por isso, a imprensa está chiando junto com a oposição. O Brasil tem hoje cerca de R$ 500 bilhões sonegados. Sabe qual é o único imposto que não dá pra sonegar? A CPMF. Não dá pra sonegar, é automático. Entenderam a choradeira?”, ressaltou o petista.
Hoje, acrescentou Marroni, “ficou claro quem é contra a CPMF, a oposição do quanto pior melhor. Aqueles que aparecem agora, as grandes empresas que apareceram na Operação Lava-Jato, que circulam com grandes capitais, sem tributação, neste País, com certeza se colocarão, mais uma vez, contra”, disse o deputado Fernando Marroni. Pela proposta, “a nova CPMF” terá uma alíquota menor, 0,20% contra 0,38% da CPMF da antiga, e será destinada para ajudar a cobrir o rombo da Previdência. A expectativa do governo é a de arrecadar R$ 32 bilhões com a “nova CPMF”.
O deputado Marcon (PT-RS) também afirmou que apoia a CPMF. “Apoio e vejo que o governo da presidenta Dilma tem acertado, mas tem que colocar para aqueles que mais ganham. Eu defendo a cobrança para quem ganha acima de 10 mil reais”, disse.
Na avaliação de Marcon, num momento de crise econômica é fundamental chamar para contribuir aqueles que podem mais. “Essa é a minha defesa e para isso que seguirei na luta aqui no Congresso Nacional. Ajudando o meu governo e jamais penalizando apenas os trabalhadores do campo e da cidade”.
O deputado Valmir Assunção (PT-BA) defendeu a cobrança de CPMF para quem ganha mais de 10 salários mínimos. “Quem paga muitos impostos são os trabalhadores, são as pessoas mais pobres deste País. É o momento em que os ricos devem pagar impostos, pagar as contas no Brasil. Sou a favor de se estabelecer a CPMF para quem ganha mais do que 10 salários mínimos neste País. Eu sou a favor de que, diante da situação que estamos vivendo, quem tenha que pagar a conta sejam os ricos deste País. É disso que sou a favor”.
Bolsa Família – A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) reiterou que o governo está fazendo “os ajustes necessários”, mas mantendo a inclusão social. “Não haverá nenhum retrocesso nas medidas assistenciais deste país. Existe uma informação deturpada de que o governo cortará os benefícios do Bolsa Família. Isso não é verdade. O Bolsa Família não sofreu corte no orçamento , está integralmente preservado. E também sou uma otimista com a nossa nação que tem um povo carente, sofrido e lutador”, afirmou.
Gizele Benitz
Foto: Gustavo Lima