O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), e a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), líder da Minoria, denunciaram hoje (22) na Polícia Federal mensagens que circulam em grupos de WhatsApp e que têm sido replicadas em redes sociais usando o nome deles e dos deputados Alessandro Molon (PSB-RJ) e Glauber Braga (PSOL-RJ) como mentores de supostos atentados no próximo dia 26.
Em encontro com o diretor da PF, delegado Igor Romário de Paula, eles entregaram um dossiê com as postagens e pediram abertura de investigação para processar e punir os responsáveis pela mentira.
Pimenta pediu que a PF não só apure a disseminação das mentiras — qualificadas por ele como “extremamente graves” — como também use o serviço de inteligência para checar se há uma articulação terrorista por trás do autor das mensagens.
O líder do PT destacou que o conteúdo das mensagens é totalmente “absurdo”, mas se insere numa escalada de ódio estimulada pelo próprio presidente Jair Bolsonaro (PSL), seus filhos e apoiadores radicais de extrema direita. No domingo (26), estão programadas manifestações pró-Bolsonaro.
Criminosos das redes sociais
O delegado afirmou que a partir da tarde desta quarta-feira começarão as investigações para apurar a origem criminosa das mensagens. Ele observou que as redes sociais têm sido inundadas de ataques a autoridades de todos os poderes, incluindo ministros e parlamentares.
O coordenador-geral de Defesa Institucional da PF, Roberto Milaneze, reconheceu que a tarefa é árdua e que o fenômeno é mundial, mas frisou que há instrumentos para se chegar a disseminadores de mentiras pela internet.
Democracia
Jandira Feghali destacou que os quatro parlamentares acusados pelas mensagens apócrifas têm histórico de defesa da democracia e do Estado de Direito e abominam qualquer atividade que “destoe do figurino democrático”. Ela também é de opinião que a inteligência da PF tem que ser utilizada para apurar o que há por trás das mensagens, em defesa da própria população.
Pimenta e Jandira pediram que internautas que receberem a mensagem não as repliquem e ajudem a denunciar os autores da mentira.
O texto com a mentira, que passou a viralizar no último domingo, tem autoria desconhecida. Além de citar os quatro parlamentares, menciona também jornalistas e blogueiros críticos a Bolsonaro.
PT na Câmara