Deputado Pedro Uczai acusa tucanos de moralistas seletivos

pedro uczai gustavo

Após a confirmação do doleiro Alberto Youssef de que Aécio Neves (PSDB-MG) recebeu dinheiro do esquema fraudulento de Furnas, o deputado Pedro Uczai (PT-SC) questionou na tribuna da Câmara, na terça-feira (25), se as investigações até agora realizadas iriam romper com a seletividade e, enfim, abrir investigação para apurar o caso. Também perguntou se entrará no rol da investigação o pagamento de propina – confirmado igualmente por Youssef – ao ex-presidente do PSDB e ex-senador Sérgio Guerra no valor de R$ 10 milhões. “Vão investigar ou não? Ou é seletivo?”, disse.

A confirmação de que o senador tucano Aécio Neves (PSDB-MG) foi beneficiado pelo esquema de corrupção de Furnas ocorreu durante acareação entre Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, em reunião da CPI da Petrobras, na terça-feira. Em função disso, Uczai cobrou dos parlamentares uma postura firme.

“Vão investigar o Aécio Neves, ou não? Quando o Youssef diz que é do PT, é verdade, quando diz que é dos tucanos, é mentira? Espero que tenham responsabilidade, porque senão é golpe, golpe à democracia, golpe a um partido político que tem seus erros. Façam sua autocrítica. Se tem seus erros, vai corrigindo. Mas qual é o partido que tem moral e autoridade moral?”, disse o deputado.

Uczai argumentou que um partido que foi artífice da “privataria” (em referência ao escândalo da venda das estatais por FHC) não pode se arvorar em ser dono da moral. “Não tem autoridade moral para apontar o dedo sobre a nossa história, sobre o nosso governo, sobre o nosso partido. Por isso, espero profundamente que esta Casa tenha transparência, tenha hombridade”, argumentou.

O parlamentar foi além ao “refrescar” a memória dos tucanos ao afirmar que o enfrentamento da corrupção deles está somente na retórica. “O tucanato votou, aqui nesta casa, a constitucionalização do financiamento empresarial das campanhas eleitorais, que é a fonte da corrupção neste País. Eles não querem acabar com essa relação promíscua entre público e privado com as doações de empresários para campanhas”, destacou.

PT na Câmara com assessoria parlamentar

Foto: Gustavo Bezerra

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