O Habeas Corpus impetrado no Supremo Tribunal Federal (STF) por Lula e sua defesa acabou de completar, na última semana, dois anos de espera para ser julgado. Lula está solto há um ano, mas a luta pela sua liberdade plena e anulação dos processos políticos conduzidos contra ele por Moro ganha novos reforços a todo momento, demonstrando que a luta contra uma injustiça não prescreve nunca.
Em torno disso, uma série de lideranças internacionais e nacionais fez um manifesto que será entregue nesta terça-feira, 10, ao ministro Gilmar Mendes, entre as quais Adolfo Perez Esquivel (Nobel da Paz em 1980), Jeremy Corbin, Rafael Correa, Pierre Laurent, lideranças de Reino Unido, Equador e França, respectivamente, bem como vários grandes juristas e criminalistas de reconhecimento internacional, como Luigi Ferrajole.
Quem nos conta é Mônica Valente, secretária de relações internacionais do Partido dos Trabalhadores (PT) e umas das articuladoras do manifesto em nome do Comitê Nacional Lula Livre. “Estas personalidades estão cobrando que o STF agende a apreciação deste Habeas Corpus e das provas que ele contém, e que anule estas condenações, que foram feitas ao arrepio da lei brasileira. Pelo presidente Lula também, que não pode, sendo inocente, ser proscrito deste jeito, mas principalmente pela democracia brasileira”, explica Mônica.
A dirigente participou do programa Café da Manhã do DCM, com Joaquim de Carvalho e Sara Goes, repercutindo o lançamento e protocolo do Manifesto de Solidariedade Internacional ao Presidente Lula e pela Anulação das Sentenças pelo STF. Confira:
Gratidão em nome da Democracia brasileira
A jurista Carol Proner, que assim como Mônica Valente participou da articulação internacional do Manifesto, ressalta a importância da anulação das sentenças irregulares de Moro contra Lula para a democracia brasileira e para a soberania nacional.
“A plena liberdade de Lula é uma questão de emergência democrática para um país que ruma em direção ao abismo social e econômico, renunciando à sua soberania. Conforme demonstra este manifesto, o mundo está de olho no Supremo Tribunal Federal, no julgamento do Habeas Corpus que pede o reconhecimento da parcialidade de Sergio Moro nos processos contra Lula. A contrário senso, é a máxima Corte está sendo observada e será inexoravelmente julgada pelo seu papel na maior farsa jurídica de todos os tempos” , comenta Proner.
O Secretário de Relações Internacionais do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Walter Sorrentino, declarou que os comunistas do Brasil “ficamos muito agradecidos aos partidos amigos do PCdoB que responderam de imediato à nossa solicitação de apoio a esta justa causa em defesa do ex-presidente Lula, o que resultou em 119 assinaturas de 15 países, que foram incorporadas ao manifesto”.
Do Comitê Lula Livre