O líder da Minoria no Congresso Nacional, deputado Décio Lima (PT-SC) ocupou a tribuna da Câmara nesta segunda-feira (6) para rechaçar a declaração do presidente do Superior Tribunal do Trabalho (TST), ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho que afirmou em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo que a manutenção do emprego depende de cortes de direitos sociais. Para o deputado, esta frase retrata o ambiente de flagelo em que vive o país.
“A reforma trabalhista, que infelizmente passa a ser lei e que foi aprovada pelo Congresso Nacional, vai derreter os direitos conquistados ao longo da história pelos trabalhadores brasileiros do campo e da cidade. Há manifestações, inclusive, de que vamos voltar a ter relações que eram comuns na Idade Média. Este é o Brasil que nós estamos vivendo”, denunciou Décio Lima, se referindo à proposta do ilegítimo Michel Temer que entra em vigor no próximo dia 11.
Observou o parlamentar que a declaração do presidente do TST “nunca vou conseguir combater desemprego só aumentando direito”, vai na contramão de tudo que foi conquistado pelo trabalhador brasileiro ao longo de sua história de luta e resistência. “O desemprego vai levar o Brasil novamente para o flagelo do mapa da fome. É este o cenário da vida do povo brasileiro. É o Brasil que está assistindo infeliz e letargicamente ao povo ser substituído pelo mercado”, sentenciou o petista, destacando a regra que tem sido hegemônica nos últimos acontecimentos do país.
Assegurou Décio Lima que a resistência política e democrática por parte da oposição continuará na Câmara dos Deputados. No entanto, ele conclamou a população a exercer o seu papel ocupando as praças e ruas em defesa de seus direitos.
“É preciso que a sociedade brasileira impulsione os movimentos sociais e os movimentos populares brasileiros para que possamos dar um basta a essa agenda que está derretendo a vida da maioria do povo brasileiro”, observou.
Benildes Rodrigues
Foto: Gustavo Bezerra/PTnaCâmara