Decisão sobre o Irã foi um equívoco e enfraquece a ONU, avalia Lula

09-06-10-celso amorim-D1O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como um equívoco a decisão tomada nesta quarta-feira pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) de impor sanções ao Irã. Para Lula, a decisão foi tomada por “birra” e joga fora a oportunidade de negociação com o Irã aberta por Brasil e Turquia. Segundo ele, a decisão tomada hoje de impor sanções ao Irã enfraquece o conselho.

O Conselho da ONU aprovou nesta quarta um novo pacote de sanções contra o Irã. Dos 15 países que compõem o órgão, 12 votaram favoravelmente. Apenas o Brasil e a Turquia foram contrários e o Líbano se absteve. Para a maioria dos integrantes do conselho, o programa nuclear iraniano é uma ameaça por esconder a produção de armas atômicas.

“Em vez chamarem o Irã para a mesa [de negociação], eles resolveram, na minha opinião pessoal, apenas por birra, manter a sanção. Acho que foi um equívoco a tomada de decisão. Às vezes, me dá a impressão daquele pai duro que é obrigado a dar umas palmadas no filho, mesmo que ele não mereça. Acho que o Conselho de Segurança jogou fora uma oportunidade histórica de negociar tranquilamente o programa nuclear iraniano”, avaliou.

Segundo Lula, o Brasil e a Turquia, ao assinarem um acordo com o Irã sobre o enriquecimento de urânio, deram aos outros países a oportunidade de negociar e eles provaram que não queriam negociar. Mais uma vez, o presidente defendeu a reforma do Conselho de Segurança da ONU, afirmando que a instância não representa mais a realidade política do mundo.

Na Câmara, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou nesta tarde que a decisão de o Brasil votar contra as sanções ao Irã no Conselho de Segurança das Nações Unidas se deve à independência brasileira em relação ao Fundo Monetário Internacional. “O Brasil votou de acordo com suas convicções”, disse. “O Brasil não está defendendo o Irã, mas defendendo a paz, concebida pelos Estados Unidos e a Agência Internacional de Energia Atômica [Aiea]”, destacou.

O chanceler afirmou ainda que o país não está isolado, mas “em boa companhia”, disse. “Não vejo esse desgaste e não percebo isso. Eu ando sem segurança e converso com as pessoas nas ruas”, acrescentou.

Na avaliação do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), com a política externa atual o Brasil conseguiu muito espaço internacional e, “por isso, teve também de ampliar suas disputas”. Ele destacou que, pelos fatos divulgados, ” a decisão já estava sendo negociada há dias entre os cinco países que têm armamento nuclear. É uma situação triste impor sanção após o estabelecimento de um acordo, mas no Conselho da ONU, quem comanda são os países ricos” disse.

Segundo o deputado Dr. Rosinha (PT-PR), “os Estados Unidos sentem-se feridos no orgulho norte-americano porque um país considerado secundário, como o Brasil, conseguiu negociar um acordo”, afirmou.

Também presente à reunião com o chanceler, o deputado Nilson Mourão (PT-AC) afirmou que deve haver “estranhamento da política externa brasileira por parte de setores da imprensa ou de uma parcela de diplomatas aposentados, que estavam acostumados a uma politica externa subordinada. A atual política externa é independente, autônoma e, se tiver de se colocar contra os Estados Unidos, se colocará”, afirmou.

Gabriela Mascarenhas com Agência Brasil

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100