“Um novo dinamismo e uma fala simples e direta, que consegue ser receptiva aos brados da mudança da população”. É assim que o presidente do diretório estadual do PT de Santa Catarina, deputado Décio Lima (PT-SC), definiu a eleição da senadora Gleisi Hoffmann como a nova presidenta e primeira mulher a frente do PT Nacional.
Décio acompanha a trajetória do partido desde a sua fundação, tendo sido o segundo a se filiar ao partido no Estado. Na sua avaliação, o 6º Congresso Nacional representa um momento de renovação partidária e grande avanço.
“A cada adversidade, o PT sai mais fortalecido. Somos um conjunto de militância com uma paixão arrebatadora pelos valores humanistas e isso faz toda a diferença. Sabemos reparar os nossos erros e nos reconciliamos para continuarmos superando as adversidades”, diz.
O dirigente recorda ainda de sua participação durante a consolidação do partido na década de 1980. “Eu me encontrei com as origens do partido em 1979, tinha 19 anos e estava em Brasília, quando conheci o Lula no anexo 3 da Câmara dos Deputados. Fui responsável por organizar 20% dos municípios catarinenses para legalizar o PT estado. Demos esse grande passo de registro oficial e eu estava presente no TSE”, lembra.
Ao longo da história do partido, Décio tem acompanhado todos os seus avanços, desenvolvimentos dos programas sociais e dificuldades também. Além disso, em seu terceiro mandato como deputado federal, Décio ressalta que vivemos um processo duro de criminalização da política, mas a luta continua principalmente estando agora à frente do diretório estadual.
Para ele, a sua primeira tarefa de unir o partido foi conquistada durante o 6º Congresso Estadual, mas ainda restam muitos desafios.
“Conseguimos uma aproximação com todas as forças internas. Eu fui eleito no Congresso Estadual de Santa Catarina com 64% dos delegados, mas meu principal concorrente, o deputado federal Pedro Uczai, aceitou o convite de ser o 1º vice-presidente”, afirma.
A próxima etapa, segundo o presidente do PT-SC, é tirar o partido do isolamento, e fazer a reconciliação com movimentos sociais e sindicais.
“Já estamos no processo de interação e interlocução com os partidos que possam, junto conosco, construir um conteúdo para apresentar ao povo de Santa Catarina no processo eleitoral de 2018, uma vez que o estado vive o fim de um ciclo político que esvaziou o seu conteúdo e estragou o seu fisiologismo na política”, explica.
Agência PT de Notícias